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Polícia

PM do Rio usará helicóptero de guerra dos EUA em operações

Aeronave Black Hawk, que é blindada e pode ser equipada com metralhadoras, reforçará a polícia em operações nas comunidades cariocas

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A Polícia Militar do Rio de Janeiro vai ganhar um reforço de peso no combate ao tráfico de drogas nas comunidades. O governo está comprando o helicóptero americano Black Hawk. A aeronave, que ganhou fama pelo uso em guerras, agora será usado em operações nas comunidades cariocas.

O Black Hawk, fabricado nos Estados Unidos, é uma aeronave potente, usada em conflitos armados, capaz de transportar até 11 soldados e 4 tripulantes. Ele pode ser equipado com metralhadoras nas laterais e tem blindagem em toda a fuselagem. A aeronave tem sistemas eletrônicos de defesa de última geração. O custo de um modelo novo chega a 20 milhões de dólares (mais de R$ 110 milhões na cotação atual).

No Brasil, o Black Hawk já é usado pelas Forças Armadas, que têm 26 aeronaves em operação. No mundo todo, a frota desse helicóptero passa de quatro mil unidades. Só o exército americano possui mais de duas mil.

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O especialista Maurizio Spinelli destaca a eficiência do modelo: "é uma aeronave muito mais robusta, bimotor, muito ágil, com uma grande autonomia e com uma capacidade de embarcar muita tripulação e também muitos equipamentos".

No Rio, helicópteros da polícia costumam ser alvo dos traficantes de drogas. Em 2009, no Morro dos Macacos, dois policiais morreram. Este ano, um copiloto foi baleado na cabeça durante ação na zona oeste.

Diante dos ataques feitos por criminosos, muitas vezes com uso de armamento militar, o governo do Rio de Janeiro decidiu reforçar a proteção policial. A compra já está na fase final de licitação.

Em 2020, o uso de aeronaves no combate ao crime chegou a ser restrito pelo Supremo Tribunal Federal (STF), mas houve uma flexibilização após pedido do governo do Rio.

Organizações de direitos humanos alertam para o risco do uso desse helicóptero em áreas superpovoadas como os morros cariocas.

"A possibilidade de errar o tiro é muito grande, e a possibilidade de acertar um alvo ela é bastante reduzida, possibiltando atingir um inocente. O que a gente entende é que a segurança pública deve garantir segurança, não a guerra", afirma Rodrigo Mondego, coordenador da Comissão de Direitos Humanos da OAB.

Para especialistas, será preciso definir critérios técnicos para o uso do Black Hawk.

"É necessário o mínimo de proporcionalidade entre a ameaça que as forças policiais enfrentam e os instrumentos que vão ser utilizados por essas forças policiais", diz Maurizio Spinelli.

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