Polícia

Parentes dizem que mulher baleada e morta não foi socorrida por PMs

Caso foi registrado em Santos; familiares dizem que não havia confronto, enquanto polícia afirma que suspeitos atiraram

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Após o registro de mais uma morte decorrente de ações da Polícia Militar de São Paulo na Baixada Santista, parentes da vítima afirmam que a mulher não foi socorrida pelos agentes.

Edneia Fernandes Silva, de 31 anos, foi atingida na cabeça quando estava sentada, conversando com uma amiga, na praça José Lamacchia, em Santos, na última quarta-feira (27). Ela não resistiu aos graves ferimentos e morreu dois dias depois.

A polícia diz que houve troca de tiros entre os PMs e suspeitos, mas a família contesta a versão da corporação, afirmando que só foram efetuados disparos dos policiais. Edneia deixou seis filhos.

Os parentes ainda afirmam que os militares não socorreram a vítima. Em nota, a polícia afirmou que o caso é investigado elo 5º DP de Santos e pela Polícia Militar, que instaurou inquérito. Exames de perícia foram solicitados para dar seguimento ao caso.

A PM ainda diz que os policiais presentes na ocorrência avistaram dois homens em uma moto, em alta velocidade, e supostamente teriam ignorado a ordem de parada. Os suspeitos ainda teriam atirado contra os PMs, que revidaram. A nota ainda diz que a mulher baleada na cabeça “foi socorrida por populares”. Os bandidos relatados pela PM fugiram e a moto foi apreendida, assim como a arma do PM que efetuou o disparo contra Edneia.

Caso não está ligado à Operação Verão

Ainda que a morte tenha acontecido na região em que o governo Tarcísio de Freitas atua na Operação Verão, a SSP informa que a ocorrência não está ligada a essa operação.

Lançada na Baixada Santista no final de janeiro, após o assassinato de policiais na região, a Operação Verão contabiliza 55 mortes, de acordo com a secretaria, e mais de mil pessoas foram presas, sendo que 429 eram procuradas pela Justiça.

70 mortes

De janeiro até o último dia 25 de março, policiais militares em serviço já mataram 70 pessoas nos municípios da Baixada Santista, segundo levantamento do Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial do Ministério Público de São Paulo. Dessas, 62 mortes aconteceram depois do início da Operação Verão, chamada inicialmente de Operação Escudo.

A SSP afirma que a operação tem “o objetivo de asfixiar o crime organizado na Baixada Santista”. Ainda de acordo com a secretaria, “todos os casos são rigorosamente investigados pela Polícia Civil e Militar, com acompanhamento das respectivas corregedorias, Ministério Público e Poder Judiciário”.

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