Padrasto que abusou da enteada por 22 anos é indiciado por sete crimes
Caso veio à tona no dia 18 de setembro, quando a polícia prendeu o homem; ele também é suspeito de manter a vítima em cárcere privado

SBT News
com informações da Rede Massa
ALERTA DE GATILHO: o conteúdo a seguir trata de crimes sexuais e pode ser sensível para alguns leitores.
O padrasto que abusou da enteada por 22 anos enquanto a mantinha em cárcere privado em Araucária, no Paraná, foi indiciado pela Polícia Civil (PCPR) por sete crimes. O caso veio à tona no dia 18 de setembro, quando a polícia prendeu o homem, de 51 anos.
Entre os crimes apontados pelas autoridades estão estupro, estupro de vulnerável, cárcere privado, perseguição e constrangimento ilegal.
O homem é suspeito de manter sua enteada em cárcere privado por 22 anos. Durante esse período, teria abusado da mulher, tendo três filhos com a vítima.
Após a mulher conseguir fugir e denunciar o caso na delegacia, ele foi preso em flagrante. Antes, durante o depoimento, ela recebeu diversas ameaças do agressor pelo celular.
Na casa dele, a polícia apreendeu câmeras usadas para monitorar a vítima e vídeos armazenados no celular.
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Histórico de abusos do padrasto contra a enteada
Segundo as investigações, o homem, que foi padrasto da vítima, iniciou os abusos quando ela tinha apenas sete anos. Aos 16, a jovem teria sido forçada a casar com ele após engravidar.
Durante mais de duas décadas, ela foi submetida a agressões físicas e psicológicas, além de restrições de liberdade. O suspeito instalou câmeras para monitorar os movimentos da enteada e controlava o celular e seus deslocamentos.
De acordo com o delegado Eduardo Kruger, o padrasto também obrigava a vítima a manter relações com outros homens, registrando os abusos em vídeo.
“Ao longo das diligências, apreendemos diversos objetos que ele utilizava ou fazia outros homens utilizarem na vítima durante a prática dos abusos. A mulher também prestou depoimento e declarou que até os 14 anos foi vítima de ao menos 50 abusos por parte do agressor”, explicou o delegado.
Com a conclusão do inquérito, o caso foi encaminhado ao Ministério Público do Paraná (MPPR), que dará continuidade ao processo judicial contra o suspeito. O padrasto está preso e segue à disposição da Justiça.