Operação da PF em Pernambuco investiga fraudes contra Ministério da Cultura
Suspeito se passou por dirigente de uma ONG de Sergipe e transferiu para contas pessoais recursos captados de forma legal junto ao MinC
Felipe Moraes
A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta quinta-feira (29), a operação Amplitude, resultado de investigação sobre fraudes financeiras contra o Ministério da Cultura (MinC). Segundo a corporação, um suspeito se passou por dirigente de uma organização não governamental (ONG) de Sergipe para desviar R$ 250 mil captados de forma legal por essa entidade sem fins lucrativos junto ao governo federal.
Agentes cumpriram dois mandados de busca e apreensão em Recife (PE), em dois escritórios da empresa investigada. Ordens judiciais foram autorizadas pela 3ª Vara da Justiça Federal em Sergipe.
Entenda fraude
De acordo com a PF, investigação começou após desvio de "valores que haviam sido regularmente destinados" a uma ONG sediada em Japaratuba (SE), por meio de repasse do MinC. "Ressalta-se que a entidade não teve qualquer participação na fraude", reforçou a corporação.
Investigadores descobriram, a partir daí, uma "cadeia de transações" ilegais. Um suspeito se passou por dirigente dessa ONG e, "por meio de expediente fraudulento, obteve acesso ao sistema TransfereGov", plataforma do governo federal usada para enviar recursos públicos da União a estados, municípios e organizações da sociedade civil.
Por meio de credenciais falsas, esse investigado transferiu recursos para uma empresa registrada em nome de terceiros. Depois, mandou dinheiro para contas pessoais.
