Mauro Cid é preso pela Polícia Federal após prestar depoimento em Brasília
Foi cumprido um mandado de prisão preventiva expedido pelo ministro Alexandre de Moraes

Paola Cuenca
Guilherme Resck
Ricardo Brandt
O ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o tenente-coronel Mauro Cid, foi preso pela Polícia Federal (PF), nesta sexta-feira (22), após prestar depoimento à Justiça, em Brasília.
Foi cumprido um mandado de prisão preventiva expedido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), por descumprimento de medidas cautelares e por obstrução à Justiça. Mauro Cid foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) da Superintendência da PF no Distrito Federal após ser detido e encontra-se no local. Ele deve ser levado para o Batalhão de Polícia do Exército de Brasília, que definirá onde o militar cumprirá a prisão.
A oitiva nesta sexta ocorreu em uma audiência de confirmação dos termos da colaboração premiada fechada por ele com a Polícia Federal no ano passado. A audiência, realizada no STF e presidida pelo desembargador Airton Vieira, juiz auxiliar do gabinete de Moraes, veio depois de a revista Veja divulgar áudios em que Cid afirmou ter sido pressionado em delação e disse que investigadores têm uma "narrativa pronta" contra Bolsonaro.
No ano passado, Mauro Cid ficou preso por 139 dias, e só deixou a prisão após conseguir o acordo de delação premiada. Apesar da liberdade concedida, foi determinado que ele cumprisse algumas medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica e restrições para não sair de casa durante à noite ou fins de semana.
Ele foi detido no último ano no âmbito da investigação sobre falsificação de cartões de vacinação de Bolsonaro, parentes e assessores. O tenente-coronel do Exército é alvo de outras investigações também, como a da venda ilegal de joias recebidas por Bolsonaro, a sobre suposta articulação em prol de um golpe de Estado contra o governo eleito em 2022 e a de uma invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).








