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Polícia

Justiça decreta prisão preventiva de guarda civil por porte de droga encontrada em armário

Agente de Jandira é investigado por envolvimento em assassinato de vereador

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A Justiça de São Paulo decretou a prisão preventiva de um guarda civil municipal de Jandira, na Grande São Paulo, suspeito de envolvimento no assassinato do vereador Reginaldo Camilo dos Santos, conhecido como Zezinho do PT. O crime ocorreu em outubro de 2022, quando Zezinho foi executado em plena luz do dia.

Segundo informações obtidas pelo SBT Brasil, o crime teria sido planejado dentro de uma loja de conveniência de um posto de combustíveis da cidade.

De acordo com uma testemunha chave, que atualmente cumpre pena por roubo, o secretário de Segurança Pública de Jandira, Ricardo Antunes, e dois guardas civis municipais teriam discutido o plano de matar o vereador dentro da loja de conveniência, uma semana antes do assassinato. O depoente afirmou que o secretário e os guardas estavam na loja bebendo, quando um amigo revelou que o grupo planejava o crime porque Zezinho estaria “falando demais” sobre irregularidades na prefeitura.

O SBT Brasil tentou contato com o secretário Ricardo Antunes, que preferiu não dar entrevistas. Na última quinta-feira, guardas suspeitos de participar do crime foram alvos de uma operação do Departamento de Homicídios. As casas e os armários de três GCMs, dentro da sede da Guarda Civil, foram revistados. No armário do guarda Claudio Marques dos Santos, foram encontrados uma arma, munição e uma grande quantidade de drogas. Ele foi preso em flagrante e teve a prisão preventiva decretada após audiência de custódia. Os celulares apreendidos estão sendo analisados pela polícia.

Outro GCM, investigado pela morte de Zezinho, teve um cofre apreendido. Ele será intimado a abrí-lo e, caso não colabore, o cofre será arrombado pelos investigadores.

O vereador Zezinho do PT é mais uma vítima da violência em Jandira. Em 2010, o prefeito da cidade, Braz Paschoalin, também foi assassinado em frente a uma estação de rádio. Na época, os tiros foram ouvidos, ao vivo, durante a transmissão. Segundo o advogado criminalista Luiz Eduardo Greenhalgh, que acompanha as investigações a pedido da família, Zezinho teria sido morto por denunciar casos de corrupção na administração municipal.

A prefeitura de Jandira informou que a Corregedoria da Guarda Municipal apura o caso. Disse, também, que o GCM afirma que a droga foi 'plantada' no armário dele. A nota diz ainda que não existe nada que ligue qualquer agente público da cidade à morte do vereador Zezinho do PT.

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