Justiça autoriza quebra de sigilo telefônico de suspeito de matar gari em BH
Decisão inclui acesso a registros de chamadas, aplicativos e dados de deslocamento do empresário investigado pelo crime
Marcello Oliveira
com informações TV Alterosa
A Justiça autorizou a quebra de sigilo dos dados telefônicos do empresário Renê da Silva Nogueira Júnior, de 47 anos, suspeito de matar o gari Laudemir de Souza Fernandes, em Belo Horizonte. O empresário nega todas as acusações.
+ VÍDEO: Câmeras de segurança flagram momento em que gari baleado por empresário cai no chão
Segundo a empresa onde o investigado trabalhava, imagens de câmeras de segurança mostram que ele chegou ao local apenas 11 minutos após o crime. As gravações já foram entregues à Polícia Civil.
A decisão judicial, publicada na noite de ontem, atendeu a um pedido da corporação. O despacho determina que sejam fornecidos os dados pela BYD do Brasil e pela operadora Claro, referentes ao dia 11 de agosto de 2025, entre 7h e 16h.
+ Empresário suspeito de matar gari em BH tinha passagens por lesão corporal e ameaça de morte
Entre as informações solicitadas estão rotas percorridas, comandos de voz, velocidade empreendida, registros de chamadas e demais dados armazenados no sistema.
A juíza Ana Carolina Rauen Lopes de Souza também autorizou o acesso a aplicativos de mensagens, como WhatsApp e e-mail, que estavam no celular do empresário.
Homenagem ao gari
No local do assassinato, um grafiteiro realizou uma pintura no muro da calçada para homenagear Laudemir.
Segundo o artista, a obra é uma forma de lembrar a vítima, mas também de protestar e cobrar por justiça. A pintura mostra o gari com asas de anjo subindo aos céus. Nas nuvens, está escrito: “Vem, meu filho. Deixa o lixo humano para a Justiça recolher”.