Inquérito conclui que ex-marido é mandante em morte de galerista no Rio
Brent Fay Sikkema, de 75 anos, passava férias no Brasil e foi assassinado no último dia 14 de janeiro
A Polícia Civil concluiu na quinta-feira (7) e indiciou o cubano Alejandro Triana Trevez, preso no último dia 18, como autor da morte do galerista americano Brent Fay Sikkema, no Jardim Botânico, na zona sul do Rio. O ex-companheiro da vítima foi indiciado como autor intelectual e principal interessado no crime.
Em depoimento, Alejandro afirmou à polícia que agiu a mando de Daniel Sikkema, ex-marido da vítima. O caso era considerado latrocínio, ou roubo seguido de morte, mas o cubano disse que não pegou nada na casa da vítima.
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Além disso, ele explicou que, depois de encomendar o crime, Daniel reclamou do valor da pensão paga por Brent.
Alejandro pode responder por homicídio doloso, quando há intensão de matar.
O inquérito foi encaminhado ao Ministério Público com o pedido da prisão preventiva dos dois autores.
Entenda o caso
Brent Fay Sikkema, de 75 anos, era dono da galeria de arte contemporânea Jenkins e Co., fundada em 1991 e estava em férias no Brasil. Ele foi morto no último dia 14, dentro de casa.
Imagens de câmeras de segurança mostram o momento que o suspeito entra e sai da casa dele, no Jardim Botânico. No vídeo também é possível ver o homem saindo de um carro, por volta das 4h no dia do crime. O suspeito abre a porta da casa do norte-americano sem qualquer dificuldade. Uma perícia na maçaneta revelou uma espécie de cadeado por códigos.
Cerca de 15 minutos depois, ele deixa a casa e vai em direção ao veículo. O homem também foi visto retirando um par de luvas das mãos.
Quatro dias depois, a polícia localizou e prendeu o cubano Alejandro, como principal suspeito de assassinar o galerista. Ele foi localizado em um posto de combustíveis entre as cidades de Uberaba e Uberlândia, no triângulo mineiro.