Polícia

Influenciador Hytalo Santos vira réu por trabalho análogo à escravidão, diz MPT

As informações constam em nota divulgada pelo Ministério Público nesta sexta-feira (12), que detalha a atuação do órgão no caso

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Hytalo Santos foi denunciado nas redes sociais pelo youtuber Felca | Reprodução/Redes sociais

O influenciador digital Hytalo Santos e o companheiro dele, Israel Natã Vicente, conhecido como “Euro”, se tornaram réus em uma ação civil pública que detalha um suposto esquema de exploração sexual e trabalho análogo à escravidão envolvendo crianças e adolescentes. As conclusões foram divulgadas pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) nesta sexta-feira (12), após investigação conduzida por um grupo especializado de âmbito nacional.

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Segundo o MPT, o casal aliciava menores em Cajazeiras (PB) com promessas de fama, moradia e apoio financeiro na capital João Pessoa. As vítimas eram levadas para a casa dos influenciadores, onde, conforme a investigação, apareciam em conteúdos digitalmente monetizados.

Além disso, eram submetidas a controle rígido da rotina, privação de sono, ausência de remuneração e restrição de comunicação, elementos que caracterizam condições análogas à escravidão, ainda conforme o órgão.

Entre as irregularidades apontadas estão o aliciamento baseado na vulnerabilidade das famílias, a exposição dos adolescentes em vídeos sensualizados para gerar lucro, viagens a ambientes de risco e um ciclo de dependência emocional que, segundo o MPT, impedia que as vítimas reconhecessem a situação de exploração.

Ação na Justiça

O MPT ingressou com ação pedindo o fim imediato das práticas, além de uma indenização de R$ 12 milhões por dano moral coletivo. O órgão também solicita reparações individuais entre R$ 2 milhões e R$ 5 milhões e medidas de proteção psicológica, médica e social para os adolescentes.

A Justiça já determinou o bloqueio de até R$ 20 milhões em bens dos réus, a apreensão e possível venda de veículos de luxo, a proibição de contato com as vítimas e a suspensão de qualquer produção de conteúdo envolvendo os adolescentes. Órgãos de saúde e assistência social foram acionados para acompanhar os jovens.

O processo segue em segredo de Justiça, e os réus ainda devem apresentar defesa.

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