Importunação sexual no elevador: Outras duas mulheres denunciam que foram vítimas do empresário
Advogado do suspeito pelo crime tentou justificar o toque sem consentimento dizendo que Israel "confundiu a nutricionista com outra mulher com que tinha intimidade”
Derick Toda
Lôrrane Mendonça
Duas mulheres registraram uma denúncia de assédio contra Israel Leal Bandeira Neto, empresário que apalpou uma nutricionista em um elevador de um prédio comercial, em Fortaleza, no Ceará.
As vítimas, que não quiseram se identificar, são mãe e filha, e o modus operandi do suspeito foi o mesmo.
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Em 2022, Israel estava ao lado da esposa dele no elevador e, rapidamente, apalpou as nádegas da filha vítima.
Em seguida, o empresário perseguiu as mulheres e passou a assediar a mãe, que também foi apalpada. Israel parou de persegui-las somente quando elas entraram em um carro de aplicativo.
Denúncia
Ao SBT, a filha contou que viu o vídeo de Israel importunando Larissa, gravado pela câmera de segurança do elevador, e se indignou.
“Quando a gente viu de novo o rosto dele a gente ficou muito revoltado. A gente achou que era um caso isolado, mas depois de perceber que era a mesma pessoa, no mesmo elevador, com o mesmo modo, foi revoltante demais. Por não denunciar na época, a gente deu mais liberdade para ele. Agora quero dar apoio para a Larissa e para a geração de mulheres que passam por isso”, diz.
Polícia
A Delegacia da Defesa da Mulher de Fortaleza está próxima de concluir a investigação da violência sofrida pela nutricionista. O crime deve ser enquadrado como importunação sexual, ato libidinoso com o objetivo de se satisfazer sexualmente sem o consentimento da vítima.
A pena pode variar de 1 a 5 anos de prisão, segundo o Código Penal.
O que diz a defesa de Israel
Em nota, o advogado do suspeito afirmou que “Israel confundiu a nutricionista com outra mulher com que tinha intimidade” e que espera um “julgamento justo por parte do Judiciário”.
Veja a nota:
A defesa do Senhor Israel Leal Bandeira Neto informa que este não possui antecedentes criminais e que declara profundo arrependimento e desejo de se retratar perante a vítima pelo fato ocorrido que decorreu de um erro sobre a pessoa, pois o investigado imaginou tratar-se de outra mulher com quem tinha intimidade. A defesa espera que haja um julgamento justo por parte do Poder Judiciário, sem excessos e de acordo com a legislação penal e processual penal pois o investigado tem sido alvo de uma campanha de linchamento virtual com ameaças contra si e sua família, além da abertura de perfis fakes com suas fotos.