Hacker suspeito de repassar dados usados em ameaças contra Felca é preso
Ele afirmou em conversas que extraiu o sistema de busca de ativos e que teve acesso a 239 milhões de dados de chaves Pix

Agência SBT
Um hacker, de 26 anos, foi preso em Pernambuco, na manhã desta terça-feira (16), por fornecer dados utilizados em ameaças contra o influenciador Felipe Bressanim Pereira, mais conhecido como "Felca".
O suspeito foi detido na 3ª fase da Operação Medici Umbra, deflagrada pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul via Delegacia de Repressão aos Crimes Patrimoniais Eletrônicos (DRCPE/Dercc). A ação visa desarticular um grupo criminoso de âmbito nacional, especializado em invasão de sistemas informáticos, estelionato eletrônico e falsificação de documentos.
+ Homem acusado de fazer ameaças ao youtuber Felca é preso em Pernambuco
Ao todo, três mandados de prisão preventiva e outros três mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos nos Estados de Pernambuco, Rio Grande do Norte e São Paulo. Até o momento, duas pessoas foram presas. A operação conta com o apoio operacional das Polícias Civis de Pernambuco, do Rio Grande do Norte e de São Paulo.
O suspeito preso em Pernambuco, alvo principal da operação, considerado "a fonte", é investigado por suspeita de invadir sistemas governamentais para obter e revender os dados. Ele afirmou em conversas que extraiu o sistema de busca de ativos e que teve acesso a 239 milhões de dados de chaves pix.
"A fonte" vendia o acesso a essas informações para intermediários, que eram donos de painéis de consultas ilícitas desses dados, obtidos mediante invasões. O suspeito, além de ser fornecedor de dados para os principais painelistas e criminosos virtuais presos em operações anteriores deflagradas pela PCRS, também repassava dados para um alvo preso pela PCSP e que foi indicado com suspeito por ameaçar o influencer Ferca.
Um desses intermediários, um homem, de 26 anos, do Rio Grande do Norte, alvo da operação na data de hoje, criou uma plataforma de "puxadas" (outro nome para as consultas ilegais de dados) em grupos de conversas, para atrair outros criminosos e vender acesso a informações sensíveis.
Na ponta da cadeia, os executores utilizavam os dados obtidos para aplicar fraudes variadas ou crimes diversos contra vítimas selecionadas.
Um homem, de 26 anos, residente em São Paulo, que atuava como membro central da célula de execução da fraude contra médicos gaúchos (Operação Medici Umbra 1), deflagrada em junho, segue sendo procurado pelas autoridades.