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Polícia

Grupo que vendia "cogumelos mágicos" para todo o Brasil é alvo da Polícia Civil do DF

Investigados movimentaram cerca de R$ 26,5 milhões com a venda de alucinógenos considerados ilegais pela Anvisa

Imagem da noticia Grupo que vendia "cogumelos mágicos" para todo o Brasil é alvo da Polícia Civil do DF
Os chamados "cogumelos mágicos" possuem substância de ação imprevisível e os efeitos podem variar conforme a dose | Reprodução/PCDF
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A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) realizou nesta quinta-feira (4) a "Operação Psicose", que teve como alvo uma rede de produção e comércio dos chamados "cogumelos mágicos" em diferentes regiões do país. O grupo investigado teria movimentado milhões de reais com a venda da psilocibina, substância considerada ilegal pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

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As apurações começaram a partir do monitoramento de páginas em redes sociais que anunciavam o produto. A investigação identificou o uso de perfis no Instagram, sites com visual profissional e até grupos em aplicativos de mensagem para atrair consumidores.

Os interessados eram direcionados a plataformas virtuais que funcionavam de forma semelhante a grandes sites de comércio virtual, com catálogo, descrições detalhadas e opções variadas de pagamento.

Esquema

O modelo de distribuição se inspirava no "dropshipping", prática comum no comércio eletrônico, em que pedidos feitos a uma empresa eram enviados por outra. Nesse caso, as encomendas saíam de centros de produção e eram remetidas pelos Correios e por empresas privadas de logística.

Segundo a PCDF, entre 2024 e 2025, foram identificadas mais de 3,7 mil remessas, somando cerca de 1,3 tonelada de cogumelos enviados a diferentes estados.

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A principal estrutura de cultivo estava em Curitiba (PR), com capacidade média de 200 kg por mês, segundo a polícia. O faturamento estimado chegava a R$ 26,5 milhões em dois anos. O faturamento mensal chegava em torno dos R$ 400 mil, R$ 35 mil apenas no Distrito Federal.

Para ampliar o alcance, a rede também apostava em estratégias de marketing digital, como patrocínio de festas de música eletrônica, impulsionamento em redes sociais, promoções sazonais e parcerias com DJs e influenciadores voltados ao público jovem.

Medidas Judiciais

A operação resultou no cumprimento de nove mandados de prisão, 20 de busca e apreensão em diferentes Estados, além de R$ 30 milhões em bloqueio de ativos financeiros e da retirada de páginas usadas para as vendas. Os investigados poderão responder por crimes como tráfico de drogas, associação criminosa, lavagem de dinheiro e publicidade enganosa.

Com a ação policial, outras medidas serão tomadas, após a análise inicial do material obtido pela PCDF, o que pode contribuir em novas medidas de bloqueio e sequestro de bens, exclusão de cadastro de CNPJs, de perfis e de plataformas de vendas.

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