GCM é preso pela morte de ex-esposa e vereador em Teresina; ele teria confessado crime a familiares
Vereador e ex-comandante da GCM de cidade no Piauí foram mortos a tiros no centro de Teresina, nessa quarta (27); polícia investiga feminicídio

SBT News
com Cidade Verde
O guarda municipal Francisco Fernando Castro, de 38 anos, foi preso horas após ser apontado como suspeito de assassinar a ex-esposa Penélope de Brito, chefe da Guarda Civil de Parnaíba, cidade no Piauí, e o vereador Thiciano Ribeiro. O crime ocorreu na manhã dessa quarta-feira (27) e a prisão, no Parque Piauí, zona Sul de Teresina, após uma operação das polícias Civil e Militar.
Imagens de câmeras de segurança mostraram o momento em que as vítimas, de costas, foram surpreendidas pelo atirador, que disparou várias vezes antes de fugir a pé. Outro vídeo registrou o suspeito deixando o local e escondendo a arma do crime.
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Segundo o delegado Anchieta Nery, diretor de inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Piauí (SSP-PI), denúncias anônimas e informações de familiares ajudaram na captura do suspeito. "Conseguimos efetuar a prisão, com o apoio da sociedade piauiense, por meio das informações de denúncias anônimas, dos vizinhos dos bairros em que a gente esteve, Promorar e Parque Piauí."
Com ele, os policiais localizaram duas armas e uma quantidade de dinheiro. "Foi encontrado com ele uma soma de dinheiro. Isso indica que ele pode ter se organizado para praticar esse crime e que pensava em fugir. É uma possibilidade", afirmou.
Suspeito confessou crime a familiares antes da prisão
"Ele confessou esse delito para alguns familiares, falou da situação de desespero. Os familiares os orientaram a se entregar e essa foi a dinâmica em que a gente chega, encontra e dá voz de prisão em flagrante”, afirmou o delegado.
Francisco e Penélope estavam separados havia cinco meses e tinham um filho de 5 anos. A principal linha de investigação é de feminicídio, e o inquérito deve ser concluído em até 10 dias.
O coordenador do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), delegado Francisco Costa, destacou a rápida resposta policial. "Trata-se de um crime que nenhum aparato poderia evitar, mas o Estado agiu de forma eficiente", disse.
Durante coletiva, o delegado reforçou o apelo para que mulheres denunciem qualquer situação de risco. "Não precisa nem ter sido ameaçada, mas se sentindo, achando que corre algum risco, procure o atendimento especializado por meio do WhatsApp, você não precisa nem ir à delegacia inicialmente", orientou.
