Furto de armas do Exército: habeas corpus de suspeito de integrar facção é negado
Entre os armamentos, metralhadoras que podem pesar quase 70 kg foram levadas do arsenal de guerra em Barueri (SP)

Primeiro Impacto
O Superior Tribunal Militar (STM) negou o pedido de habeas corpus para um dos suspeitos de participar do roubo de metralhadoras do Batalhão do Exército de Barueri, na Grande São Paulo. O suspeito é apontado como integrante do Comando Vermelho, maior facção criminosa do Rio de Janeiro.
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Além de Jesser Marques Fidelis, outros dois militares e um civil continuam presos pelo furto. A votação para negar o pedido da defesa do suspeito foi unânime. Jesser está preso desde abril, capturado em um condomínio de luxo em Santana de Parnaíba, na região metropolitana de São Paulo.
No dia do crime, foram furtadas metralhadoras de grosso calibre do arsenal de guerra militar, em setembro de 2023. O grupo era formado por civis e militares do Exército. Foram levadas 21 armas, algumas de defesa antiaérea e para abater carros. Alguns dos armamentos pesam quase 70 quilos, podendo disparar de 400 a 600 tiros por minuto.
Segundo investigações da polícia do Rio de Janeiro, Jesser fornece armas para organizações criminosas do estado, incluindo o Comando Vermelho. Ele responde pelo crime de comércio ilegal de arma de fogo.
A defesa do suspeito afirma que as informações compiladas pela polícia judiciária “não dizem respeito ao delito em processamento na Justiça Militar, não se mostram relevantes criminalmente e não são fatos novos e contemporâneos capazes de justificar a prisão neste momento”, segundo nota do STM, e que Jesser, ainda de acordo com a advogada, “não há risco à ordem pública com a liberdade do réu”.