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Polícia

Exclusivo: policial militar é flagrado conversando com chefe de facção no Rio

Imagens registradas pelo SBT mostram bate-papo amigável sob o olhar de seguranças fortemente armados

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Uma equipe de reportagem do SBT flagrou um encontro, no mínimo, suspeito no Rio de Janeiro. Imagens exclusivas mostram um policial militar da ativa e um chefe da facção Comando Vermelho conversam, amigavelmente, enquanto seguranças do criminoso, armados de fuzis, acompanham tudo.

De um lado, um policial militar, identificado como Eduardo Félix da Silva, de 42 anos. Do outro, Wagner Barreto de Alencar, o "Cachulé" - apontado como chefe do Comando Vermelho no Morro do Barbante, na Ilha do Governador, zona norte do Rio.

A reunião entre o PM e o traficante aconteceu, há duas semanas, à noite, dentro da comunidade chefiada por Cachulé.

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Nas imagens, é possível ver o agente público, vestindo regata preta, e o chefe do tráfico, de blusa amarela. Eles demonstram intimidade, trocam sorrisos e conversam sem qualquer receio, mesmo diante de outros dois criminosos armados, seguranças de Cachulé.

O tempo todo, o PM Eduardo Félix carrega uma sacola verde. Não foi possível identificar conteúdo dentro do saco. Depois da conversa entre os dois, Cachulé deixa o local com um fuzil uso exclusivo das Forças Armadas e uma mochila nas costas.

Eduardo Félix é cabo da Polícia Militar e está lotado no Batalhão de Vias Expressas - um dos batalhões estratégicos e mais importantes do estado.

Todas essas imagens obtidas com exclusividade vão ser enviadas para a Delegacia de Polícia Judiciária Militar, que investiga a conduta dos agentes.

Cachulé está foragido desde abril de 2016, após fugir do Instituto Penal Edgard Costa, onde cumpria pena em regime semiaberto. Ele é investigado por diversos homicídios de policiais militares.

Além disso, o traficante é apontado como o mentor do ataque ao Posto de Policiamento Comunitário da Ilha do Governador, em novembro de 2017. Na ocasião, cerca de 40 criminosos armados metralharam a estrutura pública em represália à atuação da PM, que teria impedido a realização de um baile funk do tráfico - programado para comemorar o aniversário do próprio Cachulé.

A assessoria de imprensa da Polícia Militar informou que a corporação não compactua com crimes ou desvios de conduta cometidos por policiais e que pune, com rigor, os envolvidos quando fatos são revelados.

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