Estelionato cibernético cresce 23%, com mais de 750 mil registros no último ano
Delegado dá dicas para não cair na rede dos criminosos; a cada 16 segundos, um novo golpe é registrado
Nos últimos anos, os crimes de estelionato cibernético - aqueles que ocorrem por meio eletrônico através de links compartilhados por aplicativos de mensagens e e-mails, ou por ligações - vem aumentando no Brasil. Foi um crescimento de quase 23%, totalizando mais de 750 mil registros no último ano.
De acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, um golpe ocorre a cada 16 segundos no país. Só em 2023, cerca de 1,9 milhão de casos foram registrados.
O delegado Carlos Afonso da Silva, da Divisão de Crimes Cibernéticos da Polícia Civil de São Paulo, afirma que houve uma migração dos crimes patrimoniais para o crime digital, nos quais os criminosos encontram mais facilidade.
A Divisão de Crimes Cibernéticos já cumpriu mais de 2 mil mandados de busca e apreensão contra criminosos que atuam na internet, desde 2022. Neste ano, mais de 170 investigações estão em curso. De lá pra cá, 264 casos foram solucionados e 235 pessoas indiciadas.
Influenciadores acusados e presos
Entre os acusados e presos por esse tipo de crime cibernético estão influenciadores que esbanjam dinheiro nas redes sociais e acumulam seguidores. O influenciador Nego Di, preso em julho deste ano, por arrecadar mais de R$ 5 milhões em rifas virtuais sem entregar os prêmios prometidos.
Igor Fernando Palácio, outro influenciador com mais de 200 mil seguidores, foi preso em Itaquera, zona leste de São Paulo, no começo de agosto por aplicar golpes contra idosos.
De acordo com o delegado, existem dicas simples para evitar esse tipo de golpe. Em primeiro lugar, não atender ligações e responder mensagens de números que não estão salvos no celular, principalmente se for com imagens de conhecidos e parentes pedindo dinheiro, e relatando que aquele é o novo número.
Outra dica, que de acordo com ele é uma das principais, é não clicar em links enviados por desconhecidos.
