Emboscada de palmeirenses: operação busca prender 10 envolvidos na morte de cruzeirense; 6 foram detidos
Ataque ocorreu em outubro de 2024, na rodovia Fernão Dias, em Mairiporã; uma pessoa morreu, 15 ficaram feridas e um ônibus foi incendiado
Derick Toda
A Polícia Civil de São Paulo realiza uma operação, nesta terça-feira (1º), contra dez integrantes da Mancha Alviverde, uma das torcidas uniformizadas do Palmeiras, envolvidos na emboscada contra torcedores do Cruzeiro que deixou uma pessoa morta, 15 feridos e um ônibus incendiado.
O ataque ocorreu em outubro de 2024, na rodovia Fernão Dias, em Mairiporã, na Grande São Paulo. Vídeos gravados pelos próprios suspeitos mostraram pessoas cobertas de sangue, vítimas de agressões que envolveram barras de madeira e de ferro, sendo "cenas de selvageria", de acordo com o Ministério Público.
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Conduzida pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), a operação busca cumprir dez mandados de prisão – um preventivo e nove temporários – e 12 de busca e apreensão. Até o momento, seis suspeitos foram presos.
A força-tarefa, nomeada de Aguatto 2, significa emboscada em italiano. Ao todo, 64 policiais civis cumprem as ordens judiciais, em São Paulo.
Entre outubro e dezembro do ano passado, 17 suspeitos foram identificados e presos por participação no crime durante a investigação, incluindo Jorge Luís Sampaio, ex-presidente da Mancha Alviverde.

Em dezembro, a Justiça havia tornado 20 pessoas réus ligadas ao crime: 16 integrantes da organizada e 4 foragidos da Justiça.
Saiba quem é o torcedor do Cruzeiro

O torcedor do Cruzeiro que morreu na emboscada pela torcida do Palmeiras é José Victor Miranda, de 30 anos. Ele chegou a receber atendimento médico depois de sofrer ferimentos graves. Outros 15 cruzeirenses ficaram feridos, sendo dez com traumatismo craniano.
José era integrante da Máfia Azul, uma das organizadas do Cruzeiro, e deixou um filho de dez anos. Ele voltava para Minas Gerais após a partida do time contra o Athletico Paranaense, em Curitiba, quando foi surpreendido pelos suspeitos que interceptaram o ônibus onde estava, em Mairiporã, na Grande São Paulo.