Confronto entre facções deixa 2 moradores mortos na Zona Norte do Rio
Traficantes do Comando Vermelho (CV) tentaram "tomar" áreas do Complexo da Pedreira, controladas pelo Terceiro Comando Puro (TCP)
Isabella Antais
do SBT Rio
Dois moradores morreram durante um confronto entre facções rivais no Complexo da Pedreira, na Zona Norte do Rio de Janeiro, na madrugada desta segunda-feira (27). Dois suspeitos também foram mortos.
Marli Macedo dos Santos, de 60 anos, foi atingida na cabeça dentro de casa após criminosos invadirem o imóvel durante a troca de tiros. De acordo com relatos de moradores, traficantes do Comando Vermelho (CV) tentaram "tomar" áreas do Complexo da Pedreira, controladas pelo Terceiro Comando Puro (TCP), a partir do Complexo do Chapadão.
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O ataque deu início a uma sequência de tiroteios que se estendeu pela madrugada. Na fuga, dois homens ligados ao CV buscaram refúgio na casa onde Marli morava. O grupo rival, do TCP, cercou o local, e o novo confronto acabou atingindo a moradora. Ela chegou a ser socorrida para o Hospital Municipal Albert Schweitzer, mas morreu.
Elison Nascimento Vasconcelos, de 33 anos, é outra vítima da disputa. Segundo familiares, o entregador estava saindo de um pagode quando o tiroteio começou. Ele foi socorrido pelos parentes para o Hospital Francisco da Silva Teles, mas também morreu.

A Polícia Militar informou que a equipe foi acionada e iniciou uma operação para conter o conflito. A princípio, dois suspeitos morreram e três foram presos – entre eles o homem apontado como responsável por invadir a casa da idosa. Os agentes ainda apreenderam sete fuzis e recuperaram seis veículos roubados.
Durante o tiroteio, moradores e comerciantes precisaram se abrigar em estabelecimentos para escapar dos disparos. Uma caixa d'água de um comércio chegou a ser perfurada por balas, mas ninguém ficou ferido.
Reabre UPA
Nesta segunda (27), em meio ao clima de tensão na região, a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Costa Barros foi reaberta após quase um mês fechada. A unidade havia sido invadida por criminosos em 30 de setembro – na ocasião, dois pacientes foram agredidos e levados, mas liberados em seguida.
A PM informou que mantém a ocupação por tempo indeterminado na região e que segue em contato com órgãos públicos para garantir o funcionamento dos serviços de saúde.









