Coach é preso por aplicar golpes de compra e venda de veículos na Grande São Paulo
Filippe Ribeiro prometia lucros rápidos no comércio de carros, mas foi preso por estelionato
Filippe Ribeiro, que se apresentava como coach e empresário de sucesso nas redes sociais, foi preso na Grande São Paulo acusado de aplicar golpes relacionados à compra e venda de veículos. A prisão ocorreu durante uma operação da Polícia Civil nesta terça-feira, quando foram encontrados munições de calibre restrito na casa onde ele morava, em um condomínio de luxo.
Ribeiro ficou conhecido por publicar um livro onde ensinava como passar de devedor a investidor. Ele também utilizava suas redes sociais para prometer grandes negócios no comércio de carros, atraindo seguidores com promessas de oportunidades financeiras vantajosas. Em um de seus vídeos no Instagram, ele dizia: "Imagina só um carro de R$ 100 mil e você pagar de R$ 10 mil a R$ 30 mil. Eu vivo disso, eu trabalho com isso há muitos anos e vou te ensinar a prosperar nesse mercado".
No entanto, as investigações da Polícia Civil revelaram que, na verdade, Ribeiro estava envolvido em golpes que lesaram diversas vítimas. No escritório do seu grupo, chamado Avanzza, foram apreendidos computadores, celulares, documentos, cartões bancários, além de carros e motos.
Um dos golpes aplicados por Ribeiro envolvia pessoas que não conseguiam pagar as parcelas de seus veículos financiados. Segundo o delegado Estevão Castro, Ribeiro comprava esses carros prometendo quitar o financiamento. Em seguida, ele revendia o carro a uma terceira pessoa, garantindo que quitaria a dívida. No entanto, o financiamento não era pago, e o nome do primeiro vendedor acabava indo parar no Serasa e na Justiça.
Outro golpe identificado pela polícia envolvia a locação de veículos em outros estados, utilizando laranjas. Esses carros eram trazidos para São Paulo, onde tinham as placas trocadas e os dados adulterados antes de serem vendidos como se fossem legítimos.
Filippe Ribeiro foi preso em flagrante e passará por uma audiência de custódia nesta quarta-feira. Ao ser levado pela polícia, ele tentou esconder o rosto com a ajuda de um seguidor e se recusou a prestar qualquer declaração.
Curiosamente, no livro publicado por Ribeiro, há uma página que sugere que o leitor responda se carrega alguma culpa, o que chamou a atenção dos investigadores. O delegado Estevão Castro comentou que o coach utilizava sua habilidade de argumentação e boa fala para enganar as vítimas.
