Caso Amanda: buscas pelo corpo da mulher que foi jogada no rio Tietê continuam
Ex-companheiro confessou o crime e irmão do suspeito também foi preso preventivamente

SBT News
As buscas pelo corpo de Amanda Caroline Almeida, de 32 anos, foram retomadas neste sexta-feira (23), em São Paulo. A investigação se concentra nas águas do rio Tietê, em São Paulo, após o ex-marido dela, Carlos Eduardo de Souza Ribeiro, de 35 anos, ter confessado que a matou e jogou o corpo no rio.
Ele foi preso preventivamente, na noite de quarta-feira (21) e supostamente teria recebido a ajuda do irmão, que também foi detido. Amanda está desaparecida desde o início da semana.
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O Corpo de Bombeiros, que foi convocado pela Polícia Civil para participar das buscas, informou que precisou interromper as buscas na quinta-feira (22) por causa das chuvas no território paulista. A investigação foi retomada nesta sexta na barragem Edgard de Souza, em Santana de Parnaíba. Equipes de resgate trabalham com a ajuda de drone e do helicóptero Águia da Polícia Militar.
Relembre o caso
Inicialmente, o suspeito afirmou que havia trabalhado com a ex-companheira em um evento no último domingo (18) e que a tinha deixado em casa no mesmo dia – sendo o último contato com ela. Quando policiais mostraram imagens de câmeras de segurança de dois indivíduos entrando na casa da vítima e saindo com um grande saco plástico, com o que poderia ser o corpo dentro, ele confessou o crime.
O acusado afirmou que matou a ex por asfixia, e que descartou o corpo dela no rio Tietê próximo a Osasco, cidade da região metropolitana de São Paulo. Com a confissão, ele recebeu voz de prisão e passou de testemunha a indiciado por feminicídio e ocultação de cadáver. Depois de passar por exames no Instituto Médico Legal (IML), foi conduzido à carceragem da delegacia.
Nas redes sociais, Carol Mackert, amiga de Amanda, lamentou a morte da amiga e fez um apelo contra o feminicídio, com a frase "Parem de nos matar". Em uma publicação feita no Instagram, ela escreveu: "Quando finalmente encontrou coragem para partir, ele — que sempre a tratou como propriedade, não como parceira — achou que tinha o direito de decidir seu destino. Tirou sua vida".
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A amiga continuou dizendo: "Que essa dor não passe em vão. Que cada um de nós reflita sobre o tipo de sociedade que estamos alimentando, onde ainda há homens que confundem amor com controle, e mulheres que morrem por querer viver em paz". Carol também fez postagens relembrando momentos que viveu ao lado de Amanda.
Carlos foi casado com a vítima por 16 anos e tiveram juntos três filhos. O casal estava separado há cerca de três meses, mas vinha tendo encontros esporádicos. Uma amiga contou à polícia que Amanda revelou ter sido agredida pelo ex no mês passado, mas que optou por não denunciá-lo.