Caso Adalberto: sangue encontrado no carro de empresário morto no autódromo não é da mulher dele
Resultado da análise de DNA feito nos vestígios recolhidos foi confirmado por peritos e encaminhado ao Departamento de Homicídios de São Paulo
Fabio Diamante
Robinson Cerantula
O sangue de uma mulher encontrado dentro do carro do empresário Adalberto Amarilio Junior, assassinado no autódromo de Interlagos, não é da esposa dele. O resultado da análise foi confirmado por peritos e encaminhado ao Departamento de Homicídios.
Vestígios de sangue de duas pessoas foram localizados em três pontos diferentes no interior do veículo. Os peritos já haviam identificado uma das amostras como sendo do próprio empresário. O sangue feminino encontrado foi comparado com o DNA da esposa de Adalberto, mas o exame apontou resultado negativo.
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A perícia no carro, no entanto, não conseguiu determinar quando o sangramento ocorreu. Por isso, o Departamento de Homicídios pretende ouvir pessoas próximas ao empresário para tentar identificar de quem é o sangue e se o material tem ou não relação com o crime.
Mesmo com a nova informação, a linha de investigação segue a mesma: os principais suspeitos são seguranças que trabalharam no evento realizado no autódromo. Adalberto havia estacionado o carro em uma área proibida, com acesso restrito.
O empresário esteve em Interlagos no dia 30 de maio para participar de um encontro de motociclistas. Ele encontrou um amigo, consumiu cerveja e maconha e, à noite, enviou uma mensagem para a esposa avisando que estava indo para casa. Depois disso, desapareceu. O corpo foi encontrado quatro dias depois, sem calça e sem sapatos, dentro de um buraco em uma obra. A causa da morte foi asfixia.
Mais de 200 seguranças atuaram no evento. A área onde o corpo foi localizado não possui câmeras de segurança.
A investigação agora aposta em recursos tecnológicos. Um levantamento está sendo feito na região onde o corpo foi deixado. Utilizando dados de antenas de telefonia, os investigadores analisam os celulares que estiveram em um raio de 25 metros ao redor do buraco entre os dias 30 de maio e 3 de junho, data em que o corpo foi encontrado. Até o momento, 25 pessoas já foram ouvidas durante a investigação.