Exclusivo: Empresário encontrado em buraco no Autódromo de Interlagos morreu por asfixia, afirma laudo
Exame toxicológico não aponta o consumo de álcool e drogas, mas intervalo de quatro dias até a localização do corpo pode ter afetado o resultado
Fabio Diamante
Robinson Cerantula
Os primeiros laudos do Instituto de Criminalística sobre a morte do empresário Adalberto Amarilio Júnior foram entregues ao Departamento de Homicídios no fim da tarde desta segunda-feira (16). Os peritos atestaram oficialmente que ele morreu por asfixia.
Apesar da confirmação da causa da morte, os legistas não conseguiram determinar de que maneira a asfixia ocorreu. Duas possibilidades estão sendo consideradas para a investigação: a constrição torácica — quando há forte pressão no tórax — ou a asfixia provocada por pressão no pescoço.
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A confirmação de asfixia reforça a tese de que o empresário foi agredido antes de ter o corpo colocado, sem calça e sem sapatos, em um buraco de uma obra no Autódromo de Interlagos, na zona sul de São Paulo. Com isso, o foco da investigação passa a ser os seguranças que atuavam no local.
Adalberto desapareceu no dia 30 de maio, após participar de um evento de motociclistas. Seu corpo foi encontrado quatro dias depois. Também no fim da tarde desta segunda-feira foi entregue o exame toxicológico completo, realizado na urina e no sangue da vítima. O resultado deu negativo para álcool e drogas.
Durante o evento, o empresário se encontrou com um amigo, Rafael Albertino Aliste, que em depoimento afirmou ter consumido cerveja e maconha com Adalberto. No entanto, o intervalo de quatro dias até a localização do corpo pode ter afetado o resultado do exame toxicológico. A bexiga do empresário já estava vazia, e é possível que o corpo tenha metabolizado todas as substâncias.
Antes de desaparecer, Adalberto ainda enviou uma mensagem para a esposa, informando que iria para casa. Fernanda Dandalo, esposa da vítima, esteve nesta segunda-feira no Departamento de Homicídios, segundo os policiais, para saber sobre o andamento das investigações.
Os vestígios de sangue encontrados no carro do empresário ainda estão sendo analisados. Nesta segunda-feira (16), o veículo voltou a ser periciado.
