Brigadeiro envenenado: suspeita tinha outro namorado; veja o que se sabe sobre o caso
Em depoimento na delegacia que investiga o caso, o outro parceiro de Júlia Andrade diz que só descobriu a traição pela mídia
A Polícia Civil do Rio de Janeiro procura Júlia Andrade Cathermol Pimenta, suspeita de matar o namorado, Luiz Marcelo Antônio Ormond, com um brigadeiro envenenado no apartamento do casal no Engenho Novo, na zona norte da cidade. Segundo as investigações, a mulher comprou o medicamento à base de morfina, que só é vendido com a apresentação de receita médica, em uma farmácia no ínicio do mês de maio. Na noite desta terça-feira (05) Júlia Andrade Cathermol Pimenta se entregou à polícia. Vestindo um moletom branco, ela foi presa na 25ª Delegacia de Polícia do Rio de Janeiro e levada à Casa de Custódia de Benfica, onde deve passar por audiência de custódia.
Duas pessoas foram presas até o momento. São elas: Suyany Breschak, suspeita de ser cúmplice do assassinato, e Victor Ernesto de Souza Chaffin, pelo crime de receptação por receber o carro da vítima dias após o homicídio.
A Polícia suspeita que o empresário morreu no dia 17 de maio. Imagens de câmeras de segurança do condomínio que a vítima morava mostram o casal no elevador com cervejas e um prato coberto com papel alumínio — a "arma" usada no crime. A motivação seria o cancelamento da união estável dos dois.
Júlia Andrade e Luiz Marcelo viviam um relacionamento de idas e vindas desde 2013, mas foi somente em abril deste ano que eles começaram a morar juntos.
Na delagacia, ela detalhou a rotina do casal e disse que os dormiam em cômodos separados porque o namorado roncava muito e não se sentia bem no quarto.
Novidades do caso:
Na última segunda-feira (3), quatro depoimentos foram prestados na delegacia que investiga o caso. Além do funcionário da farmácia onde o medicamento foi comprado, foram ouvidos o atual e o ex-companheiro de Suyany Breschak, presa desde o dia 28 de maio, e o homem com quem Júlia Andrade tinha um relacionamento no mesmo período que namorava com Luiz Marcelo.
Segundo a Polícia Civil, o rapaz namorava Julia há mais de dois anos e pouco e não sabia que ela tinha outro relacionamento. Ainda de acordo com os agentes, ele só tomou conhecimento de que estava sendo traído e de que a Julia tinha matado o empresário pela mídia.
Além do mandado de prisão temporária, medidas cautelares foram solicitadas para detectar as movimentações financeiras da suspeita que está foragida.
O padrasto e mãe de Júlia Andrade foram intimados para prestar depoimento na delegacia do Engenho Novo, nesta quarta-feira (4). Para os investigadores, eles são "peça-chave" para localizar o paradeiro da mulher.