Brigadeiro envenenado: laudo comprova uso de morfina e clonazepam
Júlia Cathermol se entregou à polícia na noite da última terça-feira (6), mas ficou em silêncio até ser transferida ao presídio de Benfica
O laudo do Instituto Médico Legal Afrânio Peixoto comprova que o empresário Luiz Marcelo Antônio Ormond morreu após ingerir dois tipos de medicamentos sedativos: morfina e clonazepam. Segundo as investigações da Polícia Civil do Rio de Janeiro, a psicóloga Júlia Andrade Cathermol Pimenta, namorada da vítima, foi quem o envenenou com os remédios a mando da mentora espiritual, Suyany Breschak.
O corpo de Luiz Marcelo foi encontrado em estado de decomposição no dia 20 de maio, no apartamento onde o casal morava no Engenho Novo, zona norte do Rio. Imagens de câmeras de segurança do condomínio mostram o homem com um prato na mão – a "arma" do crime.
Para os investigadores, no prato estaria o brigadeiro feito com os medicamentos que foi ingerido pelo empresário. Até o momento, três pessoas foram presas.
Entenda o envolvimento de cada investigado:
- A mentora espiritual — ou cigana — Suyany Breschak é acusada de ter sido beneficiada financeiramente com o crime. Durante uma coletiva de imprensa realizada na última quarta-feira (5), o delegado que investiga o caso, André Buss, afirmou que a mulher foi a "mandante e arquiteta" do plano criminoso.
- Amigo de Suayany, Victor Ernesto de Souza Chaffin foi preso no dia 24 de maio por receptação. Ele foi encontrado pelos policiais uma semana após o crime ter sido executado com o carro da vítima.
- Júlia Andrade Cathermol se entregou à Polícia na noite da última terça-feira (4). Na delegacia, ela ficou calada até ser tranferida ao presído de Benfica, na zona norte do Rio.