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Polícia

Brasil e Itália fazem operação contra tráfico de cocaína que movimentou R$ 2 bilhões em 4 anos

Alvos são dois grupos criminosos interligados, uma facção originária de São Paulo e uma organização mafiosa italiana, que enviavam droga do Brasil para a Europa

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Drogas eram enviadas do Brasil para a Europa pelo Porto de Paranaguá (PR) | Reprodução/PF
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Dez pessoas, sendo nove no Brasil e uma na Itália, foram presas nesta terça-feira (10) por suspeita de envolvimento no tráfico internacional de cocaína da América do Sul para a Europa. Em quatro anos, segundo a Polícia Federal (PF), os investigados movimentaram cerca de R$ 2 bilhões.

De acordo com a PF, a Operação Mafiusi contou com a colaboração de autoridades italianas e da Guarda Civil Espanhola, além do apoio da Interpol, da Europol e da Eurojust. Os alvos são dois grupos criminosos interligados – uma facção originária de São Paulo e uma organização mafiosa italiana – responsáveis pelo tráfico de grandes quantidades de droga.

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As investigações, que começaram após a prisão de dois integrantes da máfia italiana em Praia Grande (SP), em 2019, envolveram uma rede complexa que operava entre o Porto de Paranaguá (PR) e o de Valência, na Espanha, além de utilizar aviões particulares.

A operação desta terça é um desdobramento da Operação Retis, realizada em 2022, que revelou a parceria de uma facção criminosa brasileira com uma organização italiana e desarticulou parte da logística do tráfico no Porto de Paranaguá.

Além das prisões preventivas, foram cumpridos 31 mandados de busca e apreensão em quatro estados brasileiros | Reprodução/PF
Além das prisões preventivas, foram cumpridos 31 mandados de busca e apreensão em quatro estados brasileiros | Reprodução/PF

A Operação Mafiusi aprofundou as investigações sobre os suspeitos de São Paulo que, assim como os mafiosos italianos, forneciam os carregamentos de cocaína que eram enviados para Europa. O Porto de Paranaguá, no Brasil, era o principal ponto de saída, e o Porto de Valência, na Espanha, o de chegada.

Além do transporte marítimo, os criminosos também usavam aeronaves privadas para enviar cocaína para a Bélgica. Chegando lá, a droga era resgatada antes da fiscalização.

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Os grupos também estavam envolvidos em um sofisticado esquema de lavagem de dinheiro, movimentando bilhões de reais entre empresas e contas bancárias de fachada, além de adquirir bens e realizar transações fraudulentas. Entre 2018 e 2022, cerca de R$ 2 bilhões foram movimentados.

Além das prisões preventivas, foram cumpridos 31 mandados de busca e apreensão em quatro estados brasileiros (São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Roraima). A Polícia Federal também solicitou o bloqueio de R$ 126 milhões em bens e dinheiro.

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