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Polícia

Ação da PRF no Rio: Jovem atingida por tiro na cabeça permanece em coma, porém quadro é estável

Carro em que a jovem estava com a família foi confundido foi alvejado por disparos da Polícia Rodoviária Federal; agentes foram afastados

Imagem da noticia Ação da PRF no Rio: Jovem atingida por tiro na cabeça permanece em coma, porém quadro é estável
Carro confundido com veículo de criminosos e alvejado por agentes da Polícia Rodoviária Federal enquanto seguia para confraternização de Natal na Baixada Fluminense | SBT
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A jovem Juliana Leite Rangel, 26 anos, que foi atingida por um tiro de fuzil na cabeça, durante ação da Polícia Rodoviária Federal na rodovia Washington Luís (BR-040), permanece internada em "coma induzido", ventilação mecânica e "recebendo medicamento para manter a pressão estável", de acordo com informações da médica intensivista Juliana Paitach, do Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes, para onde a vítima foi levada.

"Apesar da gravidade, há um padrão de estabilidade, uma vez que a jovem não apresentou piora no quadro de saúde”, disse a médica em entrevista na tarde desta quarta-feira (24).

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A intensivista explicou ainda que o estado de saúde de Juliane é grave, porém estável.

"Da hora que ela chegou para agora, não teve piora, ela se manteve num grau de gravidade que estabilizou com a medicação e não teve piora. Ou seja, temos uma gravidade, mas num padrão de estabilidade, até o momento”.

A especialista disse ainda que o projétil que atingiu o crânio de Juliana foi retirado durante a cirurgia.

“Apesar da lesão cerebral ser uma lesão grave, ela não tem um sinal de gravidade que a gente faz uma hipertensão intracraniana. Na imagem inicial, você vê que não tem esse sinal de gravidade, então, a gente vai ter que acompanhar, ver como vai evoluir”, explicou a médica.

"Chegaram atirando", diz pai da vítima

Juliana e o pai dela, Alexandre Rangel, foram baleados dentro do veículo da família enquanto seguiam de Belford Roxo para uma confraternização em Niterói (RJ), na véspera do Natal. Alexandre, que dirigia ao lado da mãe de Juliane, mantinha o veículo na pista da esquerda da Rodovia Washington Luiz quando percebeu a aproximação rápida de uma viatura da Polícia Rodoviária Federal. Com isso, acionou a seta e foi para a direita.

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Neste momento, os policiais já começaram a disparar. O motorista foi atingido por um tiro no dedo da mão. Juliana, que estava no banco de trás, foi ferida gravemente na cabeça.

"Nunca iria imaginar que um carro da PRF estivesse atirando em mim sem fazer abordagem, sem mandar encostar", lamentou Rangel.

Alexandre ainda afirmou que, mesmo após parar o veículo por causa dos disparos, os agentes continuaram atirando. No carro também outro filho do casal , de 18 anos, e a namorada do jovem, de 16. Foram mais de 30 disparos, segundo testemunhas.

Ainda de acordo com Alexandre, um dos policiais admitiu para o colega um "erro na abordagem", já que os agentes teriam confundido o carro com veículo de criminosos.. Em um primeiro momento, os agentes alegaram que foram atingidos por disparos, mas o motorista nega e diz que "sequer tem arma".

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Afastamento dos agentes

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) afastou preventivamente de todas as atividades operacionais os agentes envolvidos na ação desastrosa.

A Corregedoria-Geral da corporação, em Brasília, determinou a abertura de um procedimento interno para apuração dos fatos relacionados à ocorrência. A PRF lamentou "profundamente" o episódio. "Por determinação da Direção-Geral, a Coordenação-Geral de Direitos Humanos acompanha a situação com e presta assistência à família da jovem Juliana", prossegue o comunicado.

A corporação afirma estar colaborando com a Polícia Federal (PF) no fornecimento de informações que ajudem nas investigações do caso, registrado na noite de terça-feira (24).

*com informações da Agência Brasil

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