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Política

Trama golpista: Bolsonaro e Braga Netto pedem que STF suspenda audiências de testemunhas

Ministro afirma que documentos solicitados pelas próprias defesas não justificam interromper o andamento do processo

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O general Walter Braga Netto, ex-ministro e candidato à vice-presidência, e o ex-presidente Jair Bolsonaro | Agência Brasil
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Durante as audiências nesta segunda-feira (19) da ação sobre a trama golpista, os advogados de Braga Netto e Jair Bolsonaro solicitaram a suspensão das oitivas para analisar documentos recentemente incluídos nos autos.

José Luis de Oliveira Lima (Jucá), advogado de Braga Netto, argumentou que as defesas precisam de tempo para examinar o material. O pedido foi reforçado por Celso Vilardi, advogado de Bolsonaro.

No entanto, o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, indeferiu o pedido. Ele lembrou que a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) não se baseou nos documentos e mídias agora questionados – que, inclusive, foram incluídos no processo a pedido das próprias defesas. "Nenhuma defesa apontou nada de relevante encontrado nesse material", destacou Moraes.

+ Como funcionam as audiências de depoimentos na ação da trama golpista?

O ministro acrescentou que, se houver posteriormente alguma prova pertinente, as testemunhas poderão ser ouvidas novamente. A decisão mantém o ritmo das oitivas, rejeitando o argumento de que a análise dos documentos justificaria um adiamento.

Estavam presentes na audiência os ministros Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin e Carmen Lúcia, bem como o procurador-geral da República, Paulo Gonet.

O Supremo Tribunal Federal (STF) deu início nesta segunda-feira (19) às audiências para ouvir as testemunhas, tanto de acusação quanto de defesa, na ação penal movida contra os supostos autores intelectuais da trama golpista. O chamado "núcleo 1" é composto por oito réus, entre eles, o ex-presidente Jair Bolsonaro, que está acompanhando por videoconferência.

+ Testemunhas na ação penal do golpe começam a depor nesta segunda (19)

São réus na mesma ação penal, além de Bolsonaro, o ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-comandante da Marinha Almir Garnier; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o ex-ajudante de ordens Mauro Cid, que fechou delação premiada; o ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira; e o ex-ministro da Casa Civil e ex-ministro da Defesa Walter Braga Netto.

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