Política

Julgamento do núcleo 4 da tentativa de golpe é suspenso e será retomado na próxima terça-feira (21)

Sessão agendada para quarta-feira (15) foi cancelada; objetivo da mudança é reunir todos os votos em um único dia

Imagem da noticia Julgamento do núcleo 4 da tentativa de golpe é suspenso e será retomado na próxima terça-feira (21)
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, e o presidente da Primeira Turma do STF, Flávio Dino, durante julgamento do núcleo 4 da tentativa de golpe | Gustavo Moreno/STF
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A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu o julgamento do núcleo 4 da tentativa de golpe de Estado, na tarde desta terça-feira (14), após ouvir as sustentações orais dos advogados de defesa e da Procuradoria Geral da República (PGR).

Diferentemente do previsto, a sessão só será retomada na próxima terça-feira (21). A que estava agendada para às 9h de quarta-feira (15) foi cancelada.

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Com o encerramento das sustentações orais das defesas dos réus e da acusação, a próxima etapa do julgamento é a leitura de votos dos cinco ministros que integram a Primeira Turma.

O primeiro a votar será o relator da ação, o ministro Alexandre de Moraes. Ele será seguido por Cristiano Zanin, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Flávio Dino.

Inicialmente, essa etapa seria iniciada no período da manhã de quarta (15), já que o período da tarde será dedicado à sessão plenária do STF, e só retomaria na próxima semana.

Para evitar a quebra de ritmo da leitura dos votos, o presidente da Primeira Turma, ministro Flávio Dino, decidiu realizar a etapa das 9h às 19h de terça-feira (21). Ao anunciar a mudança, Dino comentou que há possibilidade de o julgamento do núcleo 4 ser concluído nesse mesmo dia.

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Acusação

Segundo a PGR, o núcleo 4, formado por sete réus, foi responsável por ações estratégicas de disseminação de desinformação com objetivo de criar instabilidade social e desconfiança nas instituições democráticas. São eles:

  • Ailton Moraes Barros, ex-major do Exército;
  • Ângelo Denicoli, major da reserva do Exército;
  • Carlos Cesar Moretzsohn Rocha, presidente do Instituto Voto Legal ;
  • Giancarlo Rodrigues, subtenente do Exército;
  • Guilherme Almeida, tenente-coronel do Exército; 
  • Marcelo Bormevet, agente da Polícia Federal (PF);
  • Reginaldo Abreu, coronel do Exército.

De acordo com a denúncia, os réus se valeram de tecnologias presentes na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para monitorar desafetos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e espalhar conteúdo falso. O grupo ainda teria tentado descredibilizar as eleições de 2022 por meio de um relatório apresentado pelo Partido Liberal (PL) ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que afirmava que milhares de urnas teriam falhas que demandavam a anulação de votos.

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