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Política

Ex-diretor da PRF confirma blitz em ônibus no Nordeste durante eleições, mas nega direcionamento político

Operação ocorreu antes do segundo turno presidencial de 2022, em que presidente Lula derrotou Bolsonaro

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Em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira (27), Djairlon Henrique Moura, ex-diretor de Operações da Polícia Rodoviária Federal (PRF), confirmou que houve blitz em ônibus no Nordeste durante eleições de 2022, em operação de fiscalização de veículos que seguiam para essa região.

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"Nós fomos convidados pelo Ministério da Justiça para uma reunião, eu não pude ir. O DPF Fernando teria nos solicitado a realização de uma operação antes da eleição, que fique claro, antes da eleição, dos ônibus que estariam saindo de São Paulo e da região Centro-Oeste em direção ao Nordeste, com possíveis votantes e recursos financeiros", afirmou.

O ex-diretor da PRF afirmou ainda que a operação ocorreu por suspeita de transporte irregular de eleitores, mas foi encerrada no dia 27 de outubro, dias antes do segundo turno. "Não foi diagnosticado nenhum transporte irregular", disse.

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Segundo Djairlon, foi solicitado pelo Ministério da Justiça que as instituições colocassem seu efetivo máximo nas ruas. O ex-PRF negou que houve um pedido de direcionamento política para a fiscalização de ônibus com objetivos.

Nesta terça (27), a Primeira Turma do STF começou as oitivas de testemunhas de defesa de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e Segurança Pública. Os depoimentos fazem parte da ação penal que apura uma tentativa de golpe de Estado na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

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Nesta semana, estão previstos depoimentos de 25 testemunhas indicadas por Torres, também ex-secretário de Justiça e Segurança Pública do Distrito Federal. Cinco depoentes foram ouvidos na manhã de hoje:

  • Bráulio do Carmo Vieira, delegado da Polícia Federal (PF);
  • Luís Flávio Zampronha, delegado da PF;
  • Djairlon Henrique Moura, delegado e ex-diretor da PRF;
  • Caio Rodrigo Pellim, delegado e ex-diretor da PRF;
  • Saulo Moura da Cunha, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

Os delegados da Polícia Civil do DF Alberto Machado e George Estefani de Souza não compareceram. Os depoimentos continuam nesta terça, a partir de 14h.

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