Sobe para 36 o número de presos na megaoperação no Rio de Janeiro
Somente na segunda (15), foram cumpridos cinco mandados de prisão em aberto e quatro adolescentes foram apreendidos
O número de prisões na megaoperação das forças de segurança do Rio de Janeiro em dez comunidades da zona oeste da cidade subiu para 36. Deste total, 29 foram presos em flagrante e sete em cumprimento de mandado de prisão.
No segundo dia da Operação Ordo, o secretário de Estado de Segurança Pública, Victor dos Santos, se reuniu com representantes das polícias Civil e Militar e das concessionárias de serviços públicos que participam da ação.
Somente na segunda-feira (15), 28 pessoas foram presas, sendo 23 em flagrante e cinco com mandados de prisão em aberto, além de quatro menores de idade terem sido apreendidos.
Na tarde de segunda, o governador Cláudio Castro destacou, durante coletiva com a imprensa, que cinco toneladas de barricadas foram removidas e que a previsão é de que a ação permaneça pelos próximos dias.
“Nossos policiais estarão empenhados para intensificar esses resultados. Essa guerra é contra o tráfico e as milícias para recuperar o território. Não é uma operação, mas uma ação permanente”, destaca o governador. E continua: “Nós estamos caçando o crime organizado e caçaremos eles para onde forem. Se forem para outro bairro, comunidade e cidade serão caçados porque queremos prender essa turma e acabar com as atividades criminosas”, ressalta.
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Cidade de Deus
Na Cidade de Deus, agentes da Polícia Militar apreenderam 131 quilos de drogas com valor estimado em R$160 mil.
No início da manhã, bandidos em fuga da comunidade abandonaram um carro na Linha Amarela com três explosivos, uma pistola 9 mm, duas motosserras e dinheiro em espécie.
Além disso, um caminhão que transportava carne em condições impróprias e sem licença foi apreendido pelo Comando de Polícia Ambiental e a Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA).
Muzema
Na Muzema, um aterro foi interditado por agentes da Superintendência de Combate aos Crimes Ambientais (SUPCCA), em conjunto com o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e Polícia Civil.
O local funcionava como área de descarte irregular de resíduos de construções e também era utilizado para despejo de esgoto na Lagoa da Tijuca.
Terreirão
No Terreirão, um açougue foi interditado. No local, o proprietário foi preso em flagrante por crime contra as relações de consumo. Agentes da Delegacia do Consumidor (DECON) encontraram meia tonelada de alimentos impróprios para consumo ou sem identificação de validade.
Policiais da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente interditaram uma marmoraria ilegal na comunidade. Além de crime ambiental, com despejo de resíduos de mármore diretamente na rede pluvial, foi identificado furto de luz e água mp local.
O responsável pela marmoraria foi conduzido para a DPMA.
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Além de Muzema, Terreirão e Cidade de Deus, as comunidades da Gardênia Azul, Rio das Pedras, Morro do Banco, Tijuquinha, Sítio do Pai João, Fontela e César Maia, são alvos da ação.
A megaoperação conta com o apoio de drones com câmera de reconhecimento facial e de leitura de placas, duas aeronaves, 200 viaturas, 40 motocicletas, Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) móvel e ambulância blindada.
Castro pontua que o primeiro dia da atuação integrada foi escolhido pensando nas férias escolares "para evitar intercorrências com a população".
Vazamento da operação
No domingo (14), a informação de que uma grande operação contra traficantes e milicianos aconteceria na zona oeste do Rio vazou. Sobre o assunto, o governador disse que há uma investigação em curso para identificar o responsável pelo vazamento.
"Os responsáveis serão identificados e punidos", disse Cláudio Castro na última segunda-feira (15) durante a apresentação do balanço da operação do primeiro dia.