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Polícia

Policiais envolvidos em morte de adolescente no Rio devem ir a júri popular

Decisão da Justiça foi tomada nesta terça (24); João Pedro morreu com tiro de fuzil enquanto brincava

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João Pedro | Reprodução
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A Sexta Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) decidiu nesta terça-feira (24) que os três policiais civis envolvidos na morte de João Pedro Mattos Pinto, de 14 anos, irão a júri popular. Os agentes ainda podem recorrer da decisão.

João Pedro morreu em maio de 2020, durante uma operação entre policiais civis e federais no complexo do Salgueiro. O adolescente foi atingido por um tiro de fuzil. Em julho do ano passado, a 4ª Vara Criminal de São Gonçalo absolveu os policiais civis.

+ Caso João Pedro: testemunhas de acusação negam versão dos policiais

No entanto, os desembargadores do TJ aceitaram, por unanimidade, os recursos de apelação apresentados pelo Ministério Público e pelo assistente de acusação, representado pela Defensoria Pública, para que os policiais, lotados na Coordenadoria de Recursos Especial (Core), fossem submetidos a júri popular.

O julgamento dos recursos tinha sido suspenso no dia 20 de maio, após o desembargador Cezar Augusto Rodrigues Costa pedir vista para analisar melhor as sustentações formuladas no processo. Na ocasião, o relator do processo, desembargador Marcelo Castro Anátocles da Silva Ferreira, já tinha votado pelo júri popular, além de determinar o desentranhamento (retirada) da sentença apresentada na 1ª instância.

O caso

João Pedro foi atingido pelas costas quando brincava, na casa do tio. Segundo o MP, o tiro saiu da arma de um policial.

"No momento, isso traz um alívio muito grande ao meu coração, à minha família, porque só nós sabemos o quanto esse júri foi chorado. Mesmo que a luta continue, traz um alívio ao meu coração. Agradeço a Deus e às pessoas que não largaram as nossas mãos", disse, emocionada, Rafaela Mattos, mãe de João Pedro.

+ Caso Larissa Manuela: Padrasto é acusado de agressão sexual após prisão, diz advogado da família

Parentes e amigos durante manifestação; à direita, mãe de João Pedro | Rafael Henrique Brito/ONG Rio de Paz.
Parentes e amigos durante manifestação; à direita, mãe de João Pedro | Rafael Henrique Brito/ONG Rio de Paz.
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