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Justiça

Caso João Pedro: testemunhas de acusação negam versão dos policiais

Agentes da Polícia Civil são julgados dois anos e meio depois do assassinato do garoto

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joão pedro
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A Justiça do Rio de Janeiro realizou, nesta 4ª feira (16.nov), a segunda audiência de instrução do caso João Pedro, o adolescente morto dentro de casa por policiais civis. Em depoimento, testemunhas de acusação negaram a versão dos agentes, de que havia traficantes na região onde o crime aconteceu.

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Em frente ao fórum, a dor da família dois anos e meio após o assassinato. "Eu nunca imaginei seguir em frente sem o meu filho. Então, têm sido os piores anos. O estado acabou com a minha família", desabafa a mães da vítima, Rafaela Matos.

O primeiro depoimento foi de uma adolescente de 17 anos. Ela estava na casa onde João Pedro foi atingido por um tiro de fuzil disparado, de acordo com a perícia, por agentes da Core -- a elite da Polícia Civil do estado. A jovem negou a versão dos policiais de que criminosos teriam invadido a residência, no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo.

A segunda testemunha foi um pedreiro. Ele fazia um serviço na comunidade onde João Pedro morava e foi levado para uma delegacia logo após o crime. No tribunal, ele contou que foi impedido de ler o depoimento prestado à Polícia Civil, e afirmou que, ao contrário do que os agentes disseram, ele não viu traficantes na favela quando o adolescente foi morto.

A pedido da defesa, os depoimentos de quatro policiais federais, que seriam ouvidos por videoconferência nesta 4ª feira, foram adiados. Eles também participaram da operação que resultou na morte de João Pedro, em maio de 2020. A juíza ainda deverá ouvir mais de 20 testemunhas de defesa. Depois disso, decidirá se os três policiais civis, que respondem em liberdade pelo assassinato do adolescente, irão a júri popular.

Para os pais de João Pedro, é uma angústia sem fim. "A verdade, só existe uma. Não existem duas verdades, e a única verdade que tem é que o meu filho está morto e alguém tem que responder pela morte do meu filho", pede a mãe.

"A dor, a cada dia, ela aumenta, mas a sede e a vontade por justiça, ela também aumenta", diz o pai, Neilton da Costa Pinto.

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