Policiais civis são investigados por envolvimento na morte de chefe do PCC em 2023
A polícia apreendeu celulares e dados de mídia nas casas de agentes
O Departamento de Homicídio de Proteção a Pessoa (DHPP) deflagrou, nesta sexta-feira (16), a Operação Sexta-Feira com intuito de investigar a morte de um dos líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC), Rafael Maeda Soares, vulgo "Japa", em maio de 2023.
A ação, que teve apoio da Corregedoria da Polícia Civil, cumpriu mandados de busca e apreensão em 13 endereços de investigados que guardam relação com os momentos anteriores à morte de Japa.
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O SBT teve acesso exclusivo ao inquérito do caso. O corpo de Japa foi encontrado no dia 4 de maio de 2023, com dois tiros de arma de fogo na cabeça, dentro de um Corolla preto, no subsolo do edifício comercial Castelhana Offices, no Tatuapé, zona leste de São Paulo.
Inicialmente o caso foi registrado como "morte suspeita com dúvida para suicídio", porém, segundo novas diligências do DHPP, não está descartada a participação de policiais civis no caso, pois a Corregedoria apreendeu celulares e dados de mídia em endereços de agentes.
+ Adolescente é assassinado na saída de escola em Suzano (SP) Foram apreendidas duas pistolas, um fuzil e duas barras de ouro e aparelhos celulares que serão encaminhados à perícia. O caso continuará sob investigação.
Quem era o Japa
Em 4 de Maio de 2023, Rafael Maeda Soares, conhecido como "Japa" e integrante do Primeiro Comando da Capital (PCC), foi encontrado morto em um veículo, dentro de condomínio na zona leste de São Paulo. Considerado um dos nomes importantes dentro da facção criminosa, as circunstâncias da morte deram início a um inquérito da Polícia Civil de São Paulo.
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Rafael Maeda Soares, também conhecido por seu envolvimento em diversas operações ilícitas, ocupava uma posição estratégica dentro do PCC, sendo responsável pela coordenação de ações criminosas, como tráfico de drogas e articulações dentro e fora dos presídios.
Fontes ligadas ao setor de segurança pública não descartam a possibilidade de uma execução, motivada por conflitos internos na organização. Esse tipo de ação é comum em facções como o PCC, onde as divergências entre seus membros muitas vezes são resolvidas de forma violenta.