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Polícia

Justiça decreta prisão preventiva de PM acusado de matar marceneiro em SP

Decisão da juíza Paula Marie Konno tornou réu o policial Fábio Anderson Pereira de Almeida; vítima foi confundida com assaltante ao sair do trabalho

Imagem da noticia Justiça decreta prisão preventiva de PM acusado de matar marceneiro em SP
Guilherme Souza Dias, que foi morto por PM após sair do trabalho na zona sul de SP | Reprodução
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A Justiça de São Paulo aceitou, nesta sexta-feira (15), a denúncia do Ministério Público (MP-SP) e decretou a prisão preventiva do policial militar Fábio Anderson Pereira de Almeida, acusado de matar com um tiro na cabeça o marceneiro Guilherme Dias Santos Ferreira, na zona sul da capital, no mês passado. A decisão foi assinada pela juíza Paula Marie Konno, que tornou o agente réu por homicídio.

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“A gravidade concreta do crime e a periculosidade do agente, evidenciada pelo modus operandi, constituem fundamentação idônea para a decretação da custódia preventiva”, escreveu a magistrada.

O MP-SP havia apresentado a denúncia e solicitado a prisão preventiva na última quinta-feira (14).

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Relembre o caso

O policial Fábio Anderson Pereira de Almeida matou com um tiro na cabeça o marceneiro Guilherme Dias Ferreira, de 26 anos, na noite de sexta-feira (4), em Parelheiros, zona sul de São Paulo. Almeida havia sido vítima de uma tentativa de assalto e teria confundido o marceneiro, que corria para pegar o ônibus após sair da empresa onde trabalhava, com o criminoso.

Segundo o boletim de ocorrência, Fábio alegou que tinha matado uma pessoa em reação à tentativa de roubo de sua moto. Mas a investigação questiona o relato do policial.

Ao chegar ao local para periciar a vítima, a Polícia Científica encontrou na mochila de Guilherme itens como celular, talheres e uma marmita. Logo depois, colegas de trabalho da vítima chegaram ao local e mostraram um circuito da câmera de segurança que mostra o jovem saindo do trabalho sete minutos antes de ser morto, a cerca de 50 metros do ponto de ônibus.

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O jovem, que acabara de se casar, também postou uma foto em aplicativo de mensagem com a legenda "mais um dia concluído". Guilherme saiu da condição de suspeito para a de vítima.

O boletim final do caso informa que o PM Fábio Anderson "provavelmente acreditou que se tratava de um dos criminosos que o haviam abordado". De acordo com os investigadores, o policial agiu por erro de "percepção", afastando a hipótese de legítima defesa. A pistola Glock calibre 40 utilizada, pertencente à Polícia Militar, foi apreendida.

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