Jovem é preso no RS suspeito de matar avó da ex-namorada a facadas
Segundo a polícia, crime teria sido motivado pela reprovação da vítima ao relacionamento do suspeito com a neta, uma adolescente de 16 anos
Eduardo Pinzon
Um jovem de 19 anos foi preso no Rio Grande do Sul suspeito de matar a avó da ex-namorada, de 59 anos, a facadas. De acordo com a Polícia Civil, a vítima não aceitava o relacionamento do rapaz com a neta. O crime é investigado como feminicídio.
O assassinato ocorreu na residência onde a vítima morava, localizada do outro lado da rua da casa do suspeito. Imagens de câmeras de monitoramento mostram o carro do jovem estacionado em frente ao imóvel no momento do crime.
Segundo a polícia, após uma discussão, o suspeito teria pegado uma faca e atacado a mulher. Mesmo ferida, a vítima foi levada ao hospital pelo próprio agressor, mas não resistiu aos ferimentos.
O jovem foi identificado como Luis Fernando Ferreira Machado Junior, de 19 anos. Ele namorava a neta da vítima, uma adolescente de 16 anos. Apesar de morarem no mesmo endereço, eles viviam em casas separadas.
O relacionamento, que durou cerca de três meses, havia terminado no último fim de semana.
De acordo com a investigação, a avó não aprovava o namoro devido ao comportamento agressivo do jovem com a adolescente. A Polícia Civil aponta que a discussão entre o suspeito e a vítima ocorreu pouco antes do ataque.
Segundo a delegada Carolina Terres, testemunhas relataram que o jovem dirigia em baixa velocidade enquanto levava a vítima ao hospital, comportamento considerado incompatível com uma tentativa real de socorro.
“Ele andava a cerca de 50 km/h e olhava para trás o tempo todo, perguntando se ela ainda estava viva. Para mim, isso demonstra que ele queria que ela morresse para que não falasse”, afirmou a delegada.
Prisão e investigação
Luis Fernando foi preso em flagrante no hospital, enquanto a vítima recebia atendimento médico. Inicialmente, ele alegou que quatro homens teriam invadido a casa, versão que foi descartada pela polícia após análise das imagens de segurança.
“As imagens comprovaram que, naquele período, ninguém chegou à casa além dele”, explicou a delegada.
O caso segue sendo investigado pela Polícia Civil e é tratado como feminicídio.






