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Polícia

Ex-vice-prefeita suspeita de mandar matar prefeito no RN é presa no Paraguai

Damária Jácome foi detida nesta quinta-feira (21) em Ciudad del Este; assassinato aconteceu em agosto de 2024, durante campanha eleitoral

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Damária Jácome disputou junto com Marcelo Oliveira as eleições de 2020, quando saíram vitoriosos | Reprodução
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A ex-vice-prefeita de João Dias (RN), Damária Jácome de Oliveira, foi presa nesta quinta-feira (21) em Ciudad del Este, no Paraguai, em operação internacional conduzida pela Polícia Civil potiguar, com apoio da Polícia Federal, da Delegacia de Homicídios de Foz do Iguaçu (PR) e da Polícia Nacional do Paraguai. Ela é investigada pelo assassinato do prefeito Marcelo Oliveira e do pai dele, Sandi Alves de Oliveira, em um atentado a tiros ocorrido durante a campanha eleitoral de 2024.

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Além de Damária, foram presos a vereadora Leidiane Jácome, irmã de Damária, e Weverton Claudino Batista, suspeito de atuar como intermediador na contratação dos executores do crime. Os três estavam foragidos desde agosto de 2024. Outras seis pessoas já haviam sido presas em dezembro do ano passado.

O crime ocorreu em 27 de agosto de 2024, quando Marcelo Oliveira foi atingido por 11 disparos dentro de sua residência. O prefeito, que era candidato à reeleição no município de João Dias, chegou a ser socorrido, mas morreu. O pai dele também foi atingido e não resistiu.

As investigações apontam que Damária e Leidiane são suspeitas de mandar matar Marcelo por causa de disputas políticas locais. Já Weverton Claudino teria atuado como intermediador na contratação dos executores, desempenhando papel central no planejamento do crime.

Marcelo Oliveira, prefeito de João Dias (RN), morreu em atentado a tiros. | Reprodução/Redes Sociais
Marcelo Oliveira, prefeito de João Dias (RN), morreu em atentado a tiros. | Reprodução/Redes Sociais

Disputas políticas

Eleito prefeito em 2020, Marcelo renunciou ao cargo em julho de 2021, mas reassumiu a Prefeitura de João Dias em outubro de 2022, por via judicial. Ele alegou na Justiça que tinha sido coagido pela família da então vice-prefeita, Damária Jácome, a deixar o cargo.

No pedido apresentado pela defesa, Marcelo disse que sofreu "coação moral irresistível consistente em ameaças de morte à sua pessoa e à sua família". Na decisão, a desembargadora Maria Zeneide Bezerra afirmou que foi comprovado, "em sentença, que o termo de renúncia, por ele assinado, está maculado pelo vício de consentimento da coação".

A coação, de acordo com o processo, teria partido de Damária e do pai dela, Laete Jácome, presidente da Câmara Municipal de João Dias. Nas eleições de 2024, ela também concorreu ao cargo de prefeita, pelo Republicanos.

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