Polícia

Creche na Grande Porto Alegre é interditada por suspeita de dopar crianças

Conversas entre funcionárias indicam uso de medicamentos para manter alunos calmos; caso é investigado pela polícia

Uma creche particular em Alvorada, na Região Metropolitana de Porto Alegre, foi interditada após a suspeita de que funcionários estariam dopando crianças para mantê-las calmas durante o período de aula. O caso é investigado pela Polícia Civil e veio à tona após a denúncia de uma funcionária aos pais dos alunos.

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Conversas atribuídas a funcionárias da Escola de Educação Infantil Rafa Kids, em um grupo interno, indicam o uso de medicamentos em crianças pequenas. Em um dos diálogos, uma monitora afirma que administrou dois remédios a uma aluna, que mesmo assim não dormiu. Em outro trecho, o tom é de deboche: "Dei umas gotinhas para o aluno. Parece estar acordado, mas está dormindo."

A situação só foi revelada depois que uma funcionária decidiu alertar as famílias sobre o que estaria acontecendo dentro da escola. A partir disso, pais procuraram as autoridades e o caso passou a ser investigado.

Liana, mãe de um menino de 3 anos que frequentava a creche, contou que percebeu alterações no comportamento do filho. "Desde setembro ele não quis mais entrar na escola. Ele estava muito arredio, mas a gente não imaginava o que estava acontecendo lá", relatou.

Outra mãe, de uma menina de 4 anos matriculada desde julho, disse que o sentimento predominante é de culpa. "A primeira coisa que vem é a culpa de não ter percebido antes."

A delegada responsável pela investigação foi procurada, mas preferiu não se manifestar neste momento. Em nota, a Escola de Educação Infantil Rafa Kids afirmou que as alegações não procedem e que segue rigorosamente todas as normas sanitárias, pedagógicas e legais.

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