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Polícia

Clínica clandestina denunciada por manter pacientes em cárcere é interditada no RJ

Funcionários foram detidos suspeitos de punir internos com tapas na cara e "oração" de 20 minutos

Imagem da noticia Clínica clandestina denunciada por manter pacientes em cárcere é interditada no RJ
Clinica de reabilitação é acusada de maus-tratos | Reprodução
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A Polícia Militar interditou uma clínica de reabilitação clandestina em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, no último domingo (21). Os funcionários do local são suspeitos de manter pacientes em cárcere privado, além de obrigarem os internos a realizar trabalhos forçados.

O líder do espaço e outros três pacientes que atuavam como vigias do abrigo foram detidos pelo crime de cárcere privado. Além disso, foram apreendidos três rádios comunicadores e alguns cadernos de anotações.

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A denúncia contra a clínica foi feita por dois pacientes que conseguiram fugir. Ao todo, 42 homens foram resgatados em situações “sub-humanas” e levados para a base do Segurança Presente.

Aos agentes, os homens que escaparam relataram estar vivendo em condições de trabalho forçado, cárcere privado e afirmaram estarem sendo seguido pelo suposto presidente do abrigo, que costumava andar armado.

“A inspeção constatou que o local era insalubre e não havia profissionais capacitados para realizar o atendimento clínico para dependentes químicos. O responsável também não apresentou nenhum documento que comprovava que poderia funcionar como uma instituição de atendimento clínico”, ressalta o programa Segurança Presente em nota.

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Os outros internos confirmaram a rotina de maus-tratos e exploração de trabalho. Alguns deles foram levados ao local pela família, enquanto outros se dirigiram voluntariamente para a clínica, mas, após a entrada, não podiam mais sair.

“Relatos indicaram ainda punições corporais, como tapas na cara em caso de tentativa de fuga ou recusa em trabalhar. Outra punição relatada consistia em 'orar 20 minutos a cada 1 hora durante toda a noite'. Além disso, havia homens que agiam como “vigias ou capatazes” encarregados de manter a ordem, evitar fugas e aplicar as penas corporais.

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