Após morte de homem em Paraisópolis, PM diz que agentes não serão afastados
Ocorrência em comunidade na zona sul de São Paulo foi registrada no meio da rua, com pelo menos 20 tiros disparados
Após a abordagem policial que terminou com um suspeito morto e dois policiais militares baleados em Paraisópolis, na zona sul de São Paulo, a corporação afirmou que os envolvidos não serão afastados. O caso ocorreu na tarde de quinta-feira (06) e moradores ficaram em meio ao tiroteio.
A Polícia Militar se pronunciou, em coletiva de imprensa, afirmando que os PMs agiram “corretamente” e “receberão todo o apoio, toda a estrutura, até que estejam em condições de voltar ao serviço”.
Correria e quase 20 tiros
Ao menos 20 disparos foram efetuados por um dos militares envolvidos na ação. Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), os agentes averiguavam uma denúncia de tráfico de drogas quando um suspeito reagiu, tentando fugir da abordagem, e houve troca de tiros.
Nas imagens, é possível ver os agentes no chão, no meio da via, trocando socos com o suposto suspeito, que está com uma blusa azul, quando dois disparos são efetuados. Um dos militares, então, se desvencilha, levanta e corre para a calçada. Nesse momento, foram disparadas as dezenas de tiros.
Revolta de moradores
Moradores da comunidade se revoltaram com a ação policial, no meio da rua. “Hoje o medo da população aqui em Paraisópolis é a polícia militar com as suas demandas exacerbadas, não respeita ninguém, não respeita morador”, afirmou um dos moradores. “Estão matando a população periférica aqui, todo dia uma justificativa, uma troca de tiros”, disse outro.
A Ouvidoria da corporação foi ao local para ouvir a população e policiais. Imagens das câmeras corporais dos PMs serão analisadas. Um dos PMs baleados vai passar por cirurgia, enquanto o outro, atingido na perna, foi socorrido e recebeu alta. O suspeito tinha três mandados de prisão em aberto e passagens por furto e roubo.