Brasil conquista classificação histórica na ginástica para olimpíadas de Paris
Pela primeira vez na história dos Jogos, país consegue índice para disputar três categorias da modalidade
Com o Brasil ganhando ou perdendo, os Jogos de Paris, que começam nesta sexta-feira (26), já estão na história da ginástica olímpica daqui.
Essa é a primeira vez que o país conseguiu índice para disputar as três categorias da modalidade: artística, rítmica e trampolim.
Enquanto Rebeca Andrade e demais atletas da ginástica artística já estão em Paris se preparando para a estreia, no próximo dia vinte e sete, outra turma está passando pelo processo de aclimatação na cidade de Troyes, a cento e oitenta quilômetros de Paris.
“É muito bom pra gente vir com esse tempo de antecedência, pra gente se acostumar com o fuso horário, com o tempo e chegar em Paris 100% e preparado pra ficar só concentrado na competição e competir bem”, observou Camilla Lopes Gomes, atleta do trampolim
Camilla e Rayan serão os nossos representantes do trampolim, competição que começa em dois de agosto. Os dois são novatos, mas nada tira a tranquilidade deles. O foco é total em fazer com que o sonho olímpico não acabe cedo.
“Hoje em dia acho que a ginástica de trampolim a gente vem com um respeito muito maior. A gente chegou em patamares que a gente nunca esperava, mas que a gente sempre sonhou, e a gente só pretende manter isso pelo maior tempo possível”, disse Rayan Dutra, atleta do trampolim.
Barbara Domingos é uma das principais responsáveis por carregar essa responsabilidade. Aos vinte e quatro anos, ela vive o melhor momento da carreira. A curitibana é a titular no individual geral.
Bárbara Domingos vem colecionando bons resultados desde o ano passado, quando atingiu a melhor posição de uma ginasta brasileira na história de um mundial. Brilhou nos Jogos Pan Americanos, com cinco medalhas, sendo três ouros.
Há uma semana, na Romênia, ela se tornou a primeira atleta do país a disputar todas as finais de uma etapa da Copa do Mundo de ginástica rítmica. E levou um bronze, na prova da fita, especialidade dela. Bárbara Domingos vive o auge da carreira às vésperas dos Jogos Olímpicos de Paris.
“A gente se dedicou muito no ciclo, veio crescendo de competição em competição. Nosso objetivo é esse, ficar entre as 10 melhores do mundo, e eu tenho certeza que a gente vai dar nosso melhor, o resto é consequência”, explicou Bárbara Domingos, atleta da ginástica rítmica.
No piso ao lado, é o conjunto que se apresenta. De colant e tudo, ansiosas para entrar em cena e fazer valer. Três das cinco atletas competiram nos Jogos de Tóquio, em dois mil e vinte e um. É nesse toque de experiência que aposta a capitã da equipe, Duda Arakaki.
“Toda olimpíada é diferente, tem sido muito diferente, tem sido muito melhor. A gente está mais experiente, sabe o que precisa fazer, a gente sabe o que precisa fazer pra conseguir o que a gente quer”, comentou.
“A gente tá muito feliz com toda evolução e resultados inéditos no conjunto e individual. Essa provável medalha é uma pressão pra se deixar de lado. Temos que nos concentrar muito bem nas coreografias. Então é isso que a gente tá trabalhando com as meninas, pra cravar as quatro séries”, apontou Camila Ferezin, técnica da seleção brasileira.
A geração é boa e promete fortes emoções para os próximos dias, quando as competições começarem em Paris. A ginástica do Brasil tá com a bola toda.