Rebeca Andrade anuncia aposentadoria do individual geral após 2ª prata
Ginasta tornou-se a maior medalhista brasileira nas Olimpíadas com a conquista desta quinta (1º)
Lara Curcino
A ginasta brasileira Rebeca Andrade fez história mais uma vez nas Olimpíadas ao garantir a medalha de prata no individual geral, nesta quinta-feira (1º), em Paris. Após o resultado, porém, a atleta anunciou que este pódio foi o seu último na categoria.
"Exige muito do meu corpo [o individual geral], principalmente das minhas pernas, dos meus joelhos e de tudo mais. Eu falo que o futuro a Deus pertence. Vai que, do nada, se der um ‘tchan’ na minha cabeça, se meu corpo melhorar, eu mude de ideia", afirmou a brasileira de 25 anos, a jornalistas, após competir.
Apesar de “bater na trave” da medalha de ouro, que acabou ficando com a americana Simone Biles, Rebeca garantiu que deixa a categoria satisfeita pelo que fez e pelo resultado que conquistou.
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"Eu queria muito que hoje fosse uma competição especial pra mim e foi. Porque, pra mim, foi o meu último individual geral", declarou ela.
No individual geral, os atletas fazem uma performance em cada um dos quatro aparelhos da Ginástica Artística: o salto, o solo, a trave de equilíbrio e as barras assimétricas. O pódio é formado pelas três competidoras que tiverem a maior pontuação na soma dos exercícios.
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Rebeca já alcançou o lugar mais alto do pódio no individual geral, ao vencer a categoria no Mundial de Ginástica Liverpool-2022.
Maior medalhista
Com a prata, Rebeca tornou-se a maior medalhista feminina brasileira das Olimpíadas, com quatro pódios: 2º lugar nos individuais gerais de Tóquio-2020 e Paris-2024, o bronze por equipes nesta edição e o ouro no salto, nos últimos Jogos.
Antes, a judoca Mayra Aguiar ocupava o posto, com três bronzes: em Londres-2012, Rio-2016 e no Japão. Nesta edição, a atleta acabou eliminada na primeira luta, nesta quinta.
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Rebeca comentou o feito e disse se sentir honrada por ter alcançado um patamar tão alto e marcado seu nome na história do país.
"É uma honra. Sabemos o quanto a gente incentiva crianças, adolescentes, adultos com as nossas histórias. Chegar aqui e mostrar mais uma vez que é possível, que a gente consegue, é fazer todo mundo continuar acreditando. Eu acho que o esporte é isso, mostrar que você é capaz”, afirmou ela.