Trump envia carta para Zelensky por dia da Independência da Ucrânia
Presidente norte-americano destacou coragem do povo ucraniano, mas afirmou que está na hora de "acabar com a matança"

Camila Stucaluc
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, enviou uma carta de apoio à Ucrânia em razão do Dia da Independência do país, celebrado no domingo (24). No texto, o republicano elogiou a coragem do povo ucraniano em meio à invasão russa, mas reforçou que está na hora “de acabar com a matança”.
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“O povo da Ucrânia tem um espírito inquebrável. Saiba que os Estados Unidos respeitam sua luta e acreditam em seu futuro como uma nação independente. Agora é o momento de acabar com a matança sem sentido. Apoiamos uma solução negociada que leve a uma paz duradoura e que acabe com o derramamento de sangue e proteja a soberania e a dignidade da Ucrânia", escreveu Trump.
Outros líderes mundiais também enviaram mensagens para marcar o 34º aniversário da independência ucraniana do regime soviético. Foi o caso do rei Charles III do Reino Unido, do primeiro-ministro canadense, Mark Carney, do líder chinês Xi Jinping, e do presidente da França, Emmanuel Macron. O tema ainda fez parte da missa semanal do papa Leão XIV, que pediu por um cessar-fogo.
“Oro pelo povo ucraniano que sofre por causa da guerra, em particular por todos aqueles que estão feridos no corpo, por aqueles que sofreram a perda de um ente querido e por aqueles que foram privados de suas casas. Imploro ao Todo-Poderoso que mova os corações das pessoas de boa vontade e que o clamor das armas se cale, cedendo o lugar ao diálogo e abrindo o caminho da paz”, disse o pontífice.
Negociações de paz
A comemoração ucraniana aconteceu em meio às negociações de paz, mediadas pelos Estados Unidos. Neste mês, o presidente Donald Trump conseguiu avançar nos diálogos, encontrando-se, separadamente, com o líder russo, Vladimir Putin, e com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, em Washington.
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Após os encontros, Putin e Zelensky concordaram em se reunir para debater um acordo de paz. Inicialmente, esperava-se que a cúpula entre os líderes fosse realizada em até duas semanas. Dias atrás, contudo, o Kremlin afirmou que a reunião não deve acontecer por enquanto, uma vez que não há uma “agenda clara” por parte dos ucranianos. O local do encontro também não foi definido pelas partes.