Trump desaprova ataque israelense a hospital de Gaza e diz que não tinha conhecimento prévio
"Bem, eu não estou feliz com isso. Não quero ver isso. Ao mesmo tempo, temos que acabar com esse... pesadelo", afirmou presidente dos EUA à imprensa
Reuters
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, expressou nesta segunda-feira (25) seu descontentamento com o ataque israelense a um hospital da Faixa de Gaza que matou pelo menos 20 pessoas, ao mesmo tempo em que afirmou que não tinha conhecimento prévio da ofensiva.
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Israel atacou o hospital Nasser no sul da Faixa de Gaza. Entre os mortos estavam cinco jornalistas que trabalhavam para Reuters, Associated Press, Al Jazeera e outros veículos de mídia.
Trump disse "eu não sabia disso" quando lhe perguntaram sobre o ataque na Casa Branca.
"Bem, eu não estou feliz com isso. Não quero ver isso. Ao mesmo tempo, temos que acabar com esse... pesadelo", afirmou Trump aos repórteres.
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As Forças de Defesa de Israel reconheceram ter atacado a área do hospital Nasser e disseram que o chefe do Estado-Maior havia ordenado uma investigação. Em um comunicado, afirmaram que lamentam os danos causados a "indivíduos não envolvidos" e que não têm jornalistas como alvo.
O Sindicato dos Jornalistas Palestinos condenou Israel pelos ataques, dizendo que representava "uma guerra aberta contra a mídia livre, com o objetivo de aterrorizar os jornalistas e impedí-los de cumprir seu dever profissional de expor crimes ao mundo".
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O sindicato afirmou que mais de 240 jornalistas palestinos foram mortos por fogo israelense em Gaza desde o início da guerra, em 7 de outubro de 2023.
O Comitê para a Proteção dos Jornalistas, que calculou em 197 o número de jornalistas e profissionais da mídia mortos desde o início da guerra, incluindo 189 palestinos em Gaza, pediu que "a comunidade internacional responsabilize Israel por seus contínuos ataques ilegais à imprensa".