EUA: Trump completa 100 dias de governo com queda de popularidade
Pesquisas apontam para aprovação inferior a 40%; republicano concentra pior índice entre presidentes
Camila Stucaluc
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, completa 100 dias de governo nesta terça-feira (29). Diferente do primeiro, o segundo mandato do republicano vem enfrentando um aumento nos índices de desaprovação, provocando, consequentemente, uma queda de popularidade.
Os índices estão presentes em pesquisas divulgadas nos últimos dias. Um estudo do Pew Research Center, por exemplo, mostrou que a aprovação de Trump caiu de 47% para 40% de fevereiro a abril, enquanto uma pesquisa da ABC News apontou que o republiacano tem 39% de aprovação – seis pontos a menos que no início do governo – e 55% de desaprovação.
Nessa mesma época de governo, o ex-presidente Joe Biden tinha, em média, 52% de aprovação do governo, e Barack Obama, 50%, no seu segundo mandato. Depois de Trump, os piores índices ficam com George W. Bush, que teve aprovação de 47%, e Gerald Ford e Richard Nixon, ambos com 48%.
Entre os motivos para a queda de popularidade de Trump está a economia. A preocupação aumentou após o presidente aplicar tarifas retaliatórias de importação para 185 territórios, iniciando uma guerra comercial com países como Canadá e China. Com as importações mais caras, grande parte da população teme que os preços de produtos básicos aumentem.
Outro ponto citado é a imigração. Desde que assumiu o governo, Trump aprovou políticas anti-imigratórias e reforçou a fiscalização para a deportação de imigrantes ilegais, utilizando, inclusive, uma legislação de 1798 para acelerar o processo. Milhares de imigrantes já foram deportados, incluindo crianças, enquanto outros foram presos e enviados para El Salvador.
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As demissões em massa e os cortes monetários em órgãos do governo federal também são alvo de críticas dos eleitores. Segundo a Pew Research Center, 59% dos norte-americanos disseram que Trump está sendo “muito descuidado” na forma de fazer os cortes, com 55% desaprovando as medidas e 51% acreditando que o governo vai piorar. Outros 36% aprovaram as mudanças.
