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Trump anuncia dia que reféns israelenses devem ser libertados em Gaza

Presidente dos Estados Unidos disse acreditar que o acordo levará a "paz duradoura"; acordo prevê que prisioneiros palestinos também devem ser liberados

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Trump fala durante reunião de gabinete na Casa Branca. | REUTERS/Evelyn Hockstein
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quinta-feira (9) que os israelenses mantidos reféns em Gaza devem ser libertados na próxima segunda (13) ou terça-feira (14). O líder estadunidense disse ainda que espera participar de uma cerimônia de assinatura no Egito.

Trump abriu uma reunião do Gabinete para discutir o acordo alcançado na quarta-feira (8), que prevê a libertação dos reféns mantidos por militantes do Hamas como parte da primeira fase de um plano mais amplo para Gaza. Ele disse acreditar que o acordo levará a uma "paz duradoura".

"Acabamos com a guerra em Gaza e, de fato, em bases muito maiores, criamos a paz, e acredito que será uma paz duradoura, espero que uma paz eterna, uma paz no Oriente Médio. Garantimos a libertação de todos os reféns restantes, e eles devem ser libertados na segunda ou terça-feira. Capturá-los é um processo complicado. Prefiro não dizer o que eles precisam fazer para obtê-los", afirmou.

Israel e o Hamas confirmaram que assinaram o acordo de cessar-fogo após conversas indiretas no resort egípcio de Sharm el-Sheikh.

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O anúncio foi recebido com comemoração tanto em Tel Aviv quanto na Faixa de Gaza, embora os bombardeios ainda não tenham cessado completamente. Em Gaza, ataques foram registrados durante a madrugada desta quinta-feira, sem registro de vítimas.

Segundo o gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, o cessar-fogo entra em vigor após a votação formal pelo governo israelense, prevista para esta quinta.

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O que diz o acordo?

O documento assinado em Sharm el-Sheikh, no Egito, marca o início de uma série de etapas com o objetivo final de encerrar a guerra. A primeira fase prevê:

  • Retirada parcial das tropas israelenses: que deve começar em até 24 horas após a assinatura. Tropas israelenses que estão na Faixa de Gaza devem recuar de suas posições;
  • Hamas deve libertar reféns israelenses: todos devem ser libertados, vivos ou mortos, até segunda (13), segundo Trump. Israel acredita que, dos 48 reféns, apenas 20 estejam vivos. A proposta dá até 72 horas para isso, mas, de acordo com a imprensa norte-americana, o Hamas teria pedido mais tempo para devolver os corpos das vítimas que morreram, alegando que não sabe onde estão dois corpos;
  • Em troca, Israel libertará prisioneiros: detidos palestinos devem ser liberados;
  • Ajuda a palestinos: Israel permitirá a entrada de mais ajuda humanitária em Gaza, onde mais de 2 milhões de pessoas foram deslocadas desde o início do conflito.

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Apesar do anúncio, não se sabe se todo o plano apresentado pela Casa Branca, que inclui 20 pontos, foi aceito por ambos os lados. Outras etapas do plano precisam ser discutidas, incluindo como a devastada Faixa de Gaza será governada quando os combates terminarem e o destino final do Hamas, que até agora rejeitou as exigências de Israel para que se desarme.

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