Superintendente de Educação ordena que escolas públicas do Oklahoma exibam vídeo dele orando por Trump
Ryan Walters, que ocupa cargo semelhante ao de um secretário, também tentou colocar bíblias no plano de aula das escolas estaduais
Derick Toda
O superintendente de Educação de Oklahoma, nos Estados Unidos, Ryan Walters, enviou um e-mail aos superintendentes de escolas públicas do estado determinando que eles mostrem aos alunos um vídeo em que ele reza para Donald Trump.
A iniciativa faz parte do novo Departamento de Liberdade Religiosa e Patriotismo, anunciado por ele via e-mail. Além da exibição, Walters também instruiu que o vídeo fosse encaminhado para todos os pais dos alunos.
“Em uma das primeiras etapas do departamento recém-criado, estamos exigindo que todas as escolas de Oklahoma exibam o vídeo em anexo para todas as crianças matriculadas”, disse o Ryan Walters, em um e-mail para os diretores.
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O superintendente afirma no vídeo que os alunos não eram obrigados a orar por Trump, que o sindicato dos professores zombaram do patriotismo dos Estados Unidos e que a "esquerda radical" ataca a liberdade religiosa.
A ordem de Ryan dividiu os diretores das unidades escolares, que escolheram por seguir o comando enquanto outros não, alegando respeitar a vontade dos estudantes.
A polêmica chegou ao gabinete do Procurador-Geral do estado, que decidiu que o superintendente não tinha autonomia para obrigar as escolas a exibir o vídeo.
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“Este decreto não só é inexequível como também é contrário aos direitos dos pais, ao controle local e aos direitos individuais de livre exercício”, declarou o porta-voz do Gabinete do Procurador-Geral, Phil Bacharach.
A bíblia de Trump
Ryan Walters enfrenta ao menos dois processos judiciais em que determinou que as escolas incorporassem a Bíblia nos planos de aula para alunos do 5º ao 12º ano.
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Em um dos processos, Ryan queria implementar uma bíblia vendida pelo próprio Trump, chamada de "God Bless the USA Bible” (Bíblia Deus abençoe os EUA, em português). Cada unidade é vendida por cerca de R$ 300.
Assim como ocorreu com o vídeo de oração, o livro religioso não foi aderido por todas as escolas do estado.
*Com informações da Associated Press