Senadores dos EUA apresentam projeto para derrubar tarifas a produtos brasileiros

Senadores norte-americanos dos partidos Democrata e Republicanos apresentaram, nesta quarta-feira (6), uma proposta legislativa para contestar as tarifas aplicadas contra produtos brasileiros pelo presidente Donald Trump. A iniciativa foi apresentada pelos democratas Tim Kaine, Chuck Schumer, Jeanne Shaheen e Ron Wyden, e o republicano Rand Paul, com apoio de outros congressistas.

“As tarifas do presidente Trump sobre produtos brasileiros, que ele impôs para tentar impedir que o Brasil processe um de seus amigos, são ultrajantes”, afirmou Kaine, membro sênior da Subcomissão de Relações Exteriores do Senado para o Hemisfério Ocidental.

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Trump determinou a taxação sob a justificativa de práticas econômicas ilegais e de uma suposta “caça às bruxas” do Supremo Tribunal Federal (STF) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado pela Corte a 27 anos e 3 meses de prisão por tentativa de golpe de Estado.

A proposta legislativa prevê o encerramento da declaração de emergência feita em 30 de julho e a eliminação das tarifas sobre importações brasileiras impostas a partir dessa medida.

O presidente citou a Lei de Poderes de Emergência Econômica Internacional (IEEPA) como base legal, mas qualquer senador pode contestar o uso desse dispositivo.

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Atualmente, os Estados Unidos importam mais de US$ 40 bilhões por ano do Brasil, incluindo cerca de US$ 2 bilhões em café — um produto que não pode ser cultivado na maior parte do território americano. O comércio bilateral sustenta aproximadamente 130 mil empregos nos EUA, onde o saldo comercial é favorável ao país.

Segundo os senadores, uma guerra comercial com o Brasil aumentaria os custos para os consumidores americanos, prejudicaria as economias dos dois países e aproximaria ainda mais o Brasil da China.

“Precisamos impedir o presidente Trump de iniciar essas guerras comerciais incompetentes e caóticas, que estão encarecendo bens de consumo para os americanos que estão apenas tentando sobreviver”, criticou Rand Paul.

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