Segundo voo de repatriação de brasileiros pousa em Beirute, no Líbano
Previsão é que mais 230 brasileiros retornem ao país nos próximos dias
A aeronave KC-30 da Força Aérea Brasileira (FAB) pousou no Aeroporto Internacional de Beirute, no Líbano, às 10h40 (horário de Brasília) desta segunda-feira (7), para a segunda operação de repatriação. O avião fez uma parada técnica em Lisboa, Portugal, de onde seguiu viagem para o território libanês. Ao todo, 230 pessoas devem regressar ao Brasil.
As viagens foram autorizadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O objetivo é resgatar e repatriar os brasileiros presentes no território libanês — que virou palco de mais um conflito intenso entre Israel e o grupo extremista Hezbollah. Segundo o governo, dos 20 mil brasileiros no Líbano, 3 mil já fizeram a solicitação de regresso.
Marcelo Kanitz Damasceno, comandante da Aeronáutica, diz que a meta é resgatar cerca de 500 pessoas por semana, com prioridade para idosos, grávidas, crianças, doentes e pessoas com deficiência. Animais de estimação também embarcarão.
Para auxiliar os repatriados, a tripulação do avião será composta, além dos tripulantes operacionais da aeronave, por militares da área de saúde (médicos, enfermeiros, psicólogos). Já na volta ao Brasil, servidores da Polícia Federal, da Anvisa e da Receita Federal serão designados para facilitar o processo de imigração.
O primeiro grupo de repatriados chegou ao Brasil na manhã de domingo (6), no Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP). Os repatriados foram recebidos por Lula e outras autoridades do governo, que condenaram os ataques israelenses no Líbano.
+ SP anuncia medidas de apoio para acolhimento de repatriados vindos do Líbano
"O Brasil adotou uma posição firme contra os ataques do Hamas a Israel. Também condenamos os ataques do governo de Israel, que levou a morte de milhares de inocentes, incluindo mulheres e crianças, tanto na Palestina quanto agora no Líbano. É uma estratégia do [primeiro-ministro Benjamin] Netanyahu para se manter no poder", disse Lula.