Rússia e Ucrânia trocam 190 prisioneiros de guerra
Grupos foram encaminhados a centros de saúde para receber atendimento médico e psicológico

Camila Stucaluc
A Rússia e a Ucrânia realizaram, na sexta-feira (19), uma nova troca de prisioneiros de guerra. O Ministério da Defesa de Moscou disse que recebeu 95 soldados, enquanto outros 95 militares foram enviados à Kiev. Em ambos os países, os grupos foram levados para centros de saúde, onde receberão atendimento médico e psicológico.
+ Alvo de mandado de prisão, Putin diz que não vem à cúpula do G20 no Brasil
Pelas redes sociais, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, compartilhou um vídeo da chegada dos prisioneiros libertados em Kiev. Segundo ele, os militares serviram em várias frentes de guerra, incluindo na defesa da cidade portuária de Mariupol, no sul do país, que foi alvo do exército russo logo nos primeiros meses de invasão.
“Cada vez que a Ucrânia resgata seu povo do cativeiro russo, aproximamos o dia em que a liberdade será devolvida a todos aqueles que ainda estão em cativeiro russo”, disse.
A nova troca de prisioneiros acontece em meio a uma possível nova escalada da guerra na Ucrânia. Isso porque, ao mesmo tempo em que o governo ucraniano busca autorização do Ocidente para utilizar mísseis de longo alcance para atacar a Rússia, há suspeita de que a Coreia do Norte esteja enviando soldados para reforçar as tropas russas.
Um envolvimento da Coreia do Norte no conflito levaria a uma ameaça regional, já que, em junho deste ano, o país firmou um acordo com Moscou que prevê "ajuda mútua" em caso de ataque. Além disso, a Ucrânia já afirmou que o envolvimento de um terceiro país no conflito pode levar à uma "Terceira Guerra Mundial".