Rússia e Ucrânia fazem novo acordo e trocam 300 prisioneiros de guerra
150 militares foram enviados à Bielorrússia, enquanto outros 150 desembarcaram em Kiev; acordo foi mediado pelos Emirados Árabes Unidos
Camila Stucaluc
A Rússia e a Ucrânia realizaram, na quarta-feira (5), uma nova troca de prisioneiros de guerra, após mediação dos Emirados Árabes Unidos. O Ministério da Defesa de Moscou disse que recebeu 150 soldados na aliada Bielorrússia, onde passam por atendimento médico e psicológico, enquanto outros 150 militares foram enviados à Kiev.
Pelas redes sociais, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, compartilhou um vídeo da chegada dos prisioneiros libertados. Segundo ele, os militares serviram em várias frentes de guerra, incluindo na defesa da cidade portuária de Mariupol, no sul do país, que foi alvo do exército russo logo nos primeiros meses de invasão, e em Zaporizhzhia.
“São soldados, sargentos e oficiais. Alguns desses homens estão em cativeiro há mais de dois anos. E hoje, para eles e suas famílias, este dia tem mais peso do que todos os anos de espera. Vê-los em casa - vivos e livres - é a verdadeira felicidade”, escreveu
A nova troca de prisioneiros acontece a poucos dias da invasão russa na Ucrânia completar três anos. Com as negociações de cessar-fogo congeladas há meses, a Ucrânia segue em busca de apoio internacional para reforçar seu poder militar, enquanto a Rússia precisou recorrer à Coreia do Norte para aumentar seu número de tropas.
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que está conversando com ambos os lados para tentar acabar com a guerra. "Estamos tendo conversas muito boas, conversas muito construtivas”, disse o líder. A expectativa é que os países concordem em um cessar-fogo inicial para, posteriormente, discutir um acordo permanente.